COREN-SP e ABen discutem qualidade do ensino com educadores de Marília

O COREN-SP e a ABEn-SP estiveram em Marília, na última quarta-feira (25/6), para um diálogo com docentes e coordenadores de cursos de enfermagem da região. O “Fórum de Educação em Enfermagem”, como o encontro foi chamado, foi realizado no auditório da subseção do Conselho e contou com a presença e apoio de 16 representantes de universidades.

A presidente da ABEn-SP, Ariadne da Silva Fonseca, e o presidente do COREN-SP, Mauro Antônio Pires Dias da Silva, discutem a qualidade do ensino com profissionais de Marília

A conversa com os profissionais começou às 14h com uma apresentação do presidente do COREN-SP, Mauro Antônio Pires Dias da Silva, seguida de palestra da presidente da ABEn-SP, Ariadne da Silva Fonseca, sobre o atual estado do ensino da enfermagem. Um dos principais aspectos discutidos foi a grande quantidade de cursos de graduação, de baixa qualidade, inclusive aqueles 100% à distância, onde o aluno não tem a oportunidade de vivenciar nenhuma situação prática do dia a dia da Enfermagem. A conversa foi aberta aos profisionais presentes, que opinaram sobre suas experiências na educação em enfermagem.

A presidente da ABEn-SP, Ariadne da Silva Fonseca, destacou a responsabilidade na habilitação de novos cursos de Enfermagem

“Minha preocupação como educadora é como se dá a autorização ou não para a criação de novos cursos. Se há um curso de baixa qualidade foi um enfermeiro que assinou. A responsabilidade também é nossa”, destacou Ariadne.

O COREN-SP e a ABEn-SP pretendem realizar novos debates sobre a situação do ensino da Enfermagem em outras regiões do estado de São Paulo. A intenção é transcender a simples discussão e criar um documento sobre o tema, que será entregue ao Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho, Secretaria de Estado da Saúde, ABEn Nacional e COFEN. Com isso, poderão ser tomadas medidas concretas para a melhoria do ensino.

“A atual situação do ensino da Enfermagem é grave e alguma coisa precisa ser feita. Se nós, os próprios profissionais, sabemos disso, imagina a situação da população que também necessita desse atendimento”, concluiu Dias da Silva.

Como posso ajudar?