Conselheira que atua na UTI do HC fala sobre emoção de ser vacinada e incentiva adesão à imunização

A conselheira Virgínia Tavares, atualmente segunda-tesoureira do Coren-SP, trabalha há 12 anos como auxiliar de enfermagem concursada no Instituto Central do Hospital das Clínicas da USP. Como profissional da UTI da anestesia do Instituto Central, Virgínia lida diretamente com pacientes de Covid-19 desde o início da pandemia.

A segunda-tesoureira do Coren-SP foi vacinada por atuar na linha de frente do combate à pandemia

“Por sermos do SUS e uma das primeiras instituições a serem fechadas para tratamento exclusivo da Covid-19, eu e meus pares vivenciamos o início da pandemia. Tivemos muitas dúvidas se estávamos lidando com um inimigo que poderia ser mais forte do que nós. Infelizmente tivemos perdas importantíssimas nesse processo. Hoje temos uma resposta para aquela dúvida inicial: ‘sim, somos capazes de vencer esse inimigo, como categoria forte que somos’”, conta a conselheira.

Nesta quinta-feira (21/1), Virgínia recebeu a primeira dose da vacina CoronaVac em seu local de trabalho. “Meu sentimento hoje de ter tomado a vacina realmente é de gratidão por ter conseguido me manter bem em meio a essa situação toda”, diz ela, que admitiu surpresa com a vacinação: “Foi um surpresa pois em nenhum momento nos foi falado que seríamos a instituição a ser vacinada e a enfermagem como protagonista. Algo mudou. Acredito que hoje realmente há um olhar diferenciado para a enfermagem por conta do nosso trabalho durante a pandemia”, afirma.

Atualmente, Virgínia e seus colegas do Hospital das Clínicas enfrentam uma segunda onda da doença com o aumento do número de casos em São Paulo.  “Provamos, mais uma vez, que nosso SUS funciona bem e só consegue funcionar por causa do protagonismo da enfermagem. Precisamos nos reconhecer dessa forma para que então outras classes profissionais, a sociedade, o governo e as secretarias também nos enxerguem com esse valor”, finaliza.