Câmaras Técnicas realizam I Seminário de Avaliação de Tecnologia em Saúde do Coren-SP

No dia 24/8 (quinta-feira), foi realizado o “I Seminário de Avaliação de Tecnologia em Saúde e a Prática Clínica Gerencial do Enfermeiro” no auditório da sede do Coren-SP, na capital.

Organizado pelas Câmaras Técnicas do conselho, o seminário contou com uma cerimônia de abertura oficial da qual participaram o presidente do conselho, James Francisco dos Santos; a conselheira coordenadora das Câmaras Técnicas, Wilza Spiri e a enfermeira e professora Sílvia Regina Secoli, coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) de Avaliação de Tecnologia em Enfermagem do Coren-SP.

“Este é um tema que precisa cada vez mais ser estudado e trabalhado para que articulemos o avanço da tecnologia com o Sistema Único de Saúde (SUS)”, colocou a conselheira Wilza Spiri.

Já o presidente do Coren-SP, James Francisco dos Santos, fez questão de elogiar o Grupo de Trabalho coordenado pela professora Sílvia Secoli: “O Grupo de Trabalho coordenado pela professora Sílvia tem feito um trabalho de excelência. Deixo aqui meu agradecimento a ela e aos demais membros do GT e das Câmaras Técnicas”, agradeceu.

O próprio presidente do Coren-SP fez a primeira palestra do dia, falando sobre o uso das tecnologias em saúde. Ele deixou claro que o avanço da tecnologia e o avanço social caminham juntos, inclusive no setor da saúde: “Cada vez que evoluímos como sociedade, mais precisamos de novos aspectos vinculados à tecnologia”, afirmou.

A professora Sílvia Secoli fez a segunda palestra do dia, na qual falou bastante sobre o aspecto da sustentabilidade e da viabilidade econômica vinculado ao uso das tecnologias em saúde.

Um dos alertas feitos pela professora foi a respeito da avaliação das tecnologias na hora da aquisição. Ela refutou a ideia de que apenas o preço é importante nesse momento: “Atualmente a conduta econômica prevalece sobre a técnica, o que é algo perverso. O preço não pode ser o fator principal na seleção de tecnologia”.

A primeira parte do seminário foi encerrada com palestra de Flávia de oliveira Mota Maia, que falou sobre os NATS – Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde.

Ao falar desses núcleos, que já funcionam em alguns hospitais-escola, a palestrante destacou bastante a importância da Prática Baseada em Evidências.

“Quando construímos um procedimento em enfermagem, é extremamente importante que ele seja pautado em evidências”, disse.

A palestrante também deu alguns números interessantes acerca dos NATs: “Hoje temos 109 NATs no Brasil, sendo 29 no estado de São Paulo. Os núcleos são classificados de acordo com o que podem realizar dentro da instituição e também em eixos e categorias. Não existe número mínimo de membros e os NATs são multidisciplinares”, concluiu.

O início da segunda metade da atividade contou com a apresentação do conselheiro Sérgio Cleto para apresentar a palestra “A Importância dos Materiais Expressivos em Instituições de Saúde”. Durante a exposição, o conselheiro descreveu as etapas que compõem o processo de padronização e discursou sobre o papel e o impacto dos profissionais de enfermagem nas equipes de padronização. Na seção, Sérgio explicou que a equipe precisa estar atenta à compatibilidade dos materiais para o uso da instituição.

Seguindo, a Dra. Silvana Andrea Molina Lima, Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp, exibiu a os indicadores para manutenção da saúde econômica dos serviços, pautando definição de gastos, tipos de custos, papel do enfermeiro no controle de gastos e fatores que contribuem para elevação dos gastos em saúde. Entre as atribuições do enfermeiro no controle de gastos, Silvana elenca atribuições como solicitação e conscientização da equipe quanto ao uso adequado dos matérias, elaboração de protocolos, avaliação econômica e uso de sistema de custeio na instituição.

Por fim, a Gerente de Acesso ao Mercado e de Regulação em Saúde em Operadora de Saúde Karla Regina Dias de Oliveira coordenou a palestra “A Enfermagem e o acesso ao mercado”, no foram expostos os ecossistemas da saúde pública e provada do Brasil, abordando questões relacionadas às iniciativas de avanço tecnológico dentro das instituições de saúde do país.

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