Brasil se prepara para ter cirurgias mais seguras

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a cada ano, no mínimo sete milhões de pacientes que passam por cirurgias, sofrem complicações em todo o mundo. Pelo menos um milhão de pessoas morrem durante ou imediatamente após um procedimento cirúrgico. Cuidados simples, como a checagem das informações clínicas da pessoa e do órgão a ser operado e os equipamentos médicos disponíveis, podem fazer a diferença entre o sucesso de uma cirurgia e o início de uma série de complicações para o paciente. O tema foi discutido na sexta-feira (06) em Brasília (DF), durante uma oficina realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com médicos, enfermeiros, entidades representativas de hospitais e autoridades em saúde pública. No Brasil, a Anvisa está trabalhando em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para implantar rotinas que aumentem a segurança das cirurgias. ?Procedimentos simples e baratos como o check-list, quando aplicados de forma rigorosa e sistemática têm resultados fantásticos: proporcionam cirurgias muito mais seguras e reduzem os riscos de infecção hospitalar?, explica o diretor da Anvisa, Agnelo Queiroz. Para o presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Edmundo Ferraz, ?os cuidados tomados antes, durante e após uma cirurgia, podem representar a diferença entre a boa e a má qualidade de vida do paciente a partir dali, ou até mesmo entre a vida e a morte dele?. Durante a oficina discutiu-se quais são as rotinas preventivas prioritárias, as estratégias para implantá-las e em que hospitais brasileiros elas devem começar a ser aplicadas. O trabalho é uma resposta ao desafio ?Cirurgias Seguras Salvam Vidas? (Safe Surgery Saves Lives), que integra a Aliança Mundial pela Saúde do Paciente, lançada em 2004 pela OMS.