Balancear sessão de radioterapia pode melhorar tratamento de câncer de mama

Especialistas britânicos consideram que a diminuição do número de sessões de radioterapia, contrabalanceada pelo aumento em sua intensidade, pode ser igualmente efetiva no controle do câncer de mama em relação aos tratamentos atuais. A conclusão foi publicada na revista médica The Lancet. Apesar de as sessões serem mais fortes, a radiação total recebida pela paciente, submetida a um menor número de consultas, é inferior, e os efeitos secundários são mais tênues, segundo os pesquisadores. Durante dez anos, 35 centros de pesquisa e tratamento do câncer participaram do experimento United Kingdom Standardisation of Breast Radiotherapy (Start), financiado pelo Ministério da Saúde britânico e por outros organismos de luta contra a doença. O programa de tratamento utilizado atualmente para tratar o câncer de mama após uma cirurgia é de 25 sessões de dois grays cada uma, totalizando 50 grays ao longo de cinco semanas. No entanto, os especialistas britânicos afirmam que uma radiação total menor, dada em menos doses mais espaçadas, pode ser tão segura e efetiva quanto o programa de tratamento atual. Os autores da pesquisa, durante a qual foram tratadas quase 5.000 mulheres com dosagens de intensidade variada, concluem que um programa de 40 grays em 15 doses ao longo de três semanas oferece um controle do tumor e efeitos secundários semelhantes aos oferecidos pelo calendário atual.