10 enfermeiras negras que fizeram história mas não foram reconhecidas
Mary Jane Seacole – Enfermeira negra jamaicana atuante na guerra da Criméia, a mesma guerra que deu destaque para Florence Nightingale. Mary aprendeu a medicina tradicional através dos ensinamentos de sua mãe, assim como o tratamento aos doentes e combate às doenças endêmicas. Em 1854, inscreveu-se para participar da equipe de enfermagem da Florence, para cuidar dos soldados feridos da Guerra da Criméia. Apesar das cartas de recomendações dos governos da Jamaica e Panamá, não foi aceita.
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Mary Elisa P. Mahoney foi a primeira mulher negra, americana, diplomada enfermeira pelo New England Hospital for Women and Children, em Boston
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Maria Jose Barroso, depois conhecida como “Maria Soldado”, foi uma notória enfermeira de guerra. Atuou na guerra civil da revolução constitucionalista de 1932. Maria Soldado é considerada a precursora da enfermagem moderna no Brasil. Ela não ingressou em uma instituição de nível superior para diplomação em enfermagem, pois não tinha os requisitos de ser a mulher ideal para compor a enfermagem profissional no Brasil: ser branca, jovem, “culta e saudável”.
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Lydia das Dores Matta, Josephina de Melo, Lucia Conceição e Maria de Lourdes Almeida são as primeiras negras oriundas de estados pobres e distantes a ingressarem no curso básico de enfermagem na Universidade de São Paulo. A escola de enfermagem da USP foi criada em 1940, e três anos depois ingressam as primeiras negras.
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Rosalda Paim iniciou o curso em Enfermagem em 1947, pela Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC). Com um currículo invejável de especializações, visava romper com o modelo hegemônico curativista ao trazer conceitos que ainda não eram discutidos e utilizados no sistema de saúde como, integralidade, humanização, hierarquização dos serviços, referência e contra-referência.
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Rosalda teve um papel de destaque no processo de modernização da enfermagem brasileira, na formação do enfermeiro e profissionais de saúde, na democratização brasileira e na mudança de paradigma na atenção em saúde. Além disso, foi a primeira enfermeira parlamentar negra do Brasil. Criou e teve aprovada 20 leis na área de saúde e assistência social, assim ela exerceu uma atuação política notória e importante para a sociedade carioca e brasileira.
Izabel Santos iniciou sua trajetória profissional na década de 50, no Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) ligada à Organização Panamericana de Saúde (Opas). Posteriormente, passou a integrar o quadro de professores na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Por fim, retomou seu vínculo com a Opas em 1976, no qual atuou como consultora até 1997, assessorando o Ministério da Saúde. A sua contribuição de maior destaque está na formação profissional de enfermagem, sobretudo no nível técnico, com a idealização do Programa de Qualificação de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Profae).
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Maria Stella de Azevedo dos Santos iniciou a graduação de enfermagem aos 15 anos de idade e tornou-se enfermeira pela Escola de Enfermagem e Saúde Pública da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 12 de setembro de 2013, assumiu a cadeira de número 33 na Academia de Letras da Bahia, após ser eleita por unanimidade.
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Dona Ivone Lara formou-se pela Faculdade de Enfermagem do Rio. Dedicou-se intensamente à profissão, especialmente à Saúde Mental. Atuou com Nise da Silveira, psiquiatra brasileira que se rebelou contra a lobotomia, eletrochoques e outros métodos agressivos de tratamento de saúde mental, defendendo um tratamento humanizado da loucura. Com Nise, especializou-se em terapia ocupacional.
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Fonte: Bitonga Travel 650