Coren-SP reúne RTs durante comemoração pelos 40 anos

O encontro Gerenciamento em Enfermagem: Atuação dos Responsáveis Técnicos, realizado nesta quinta-feira (5/11) marcou os 40 anos do Coren-SP propondo uma reflexão sobre as conquistas da categoria e as competências técnicas dos profissionais.

O professor aposentado da Unicamp e vice-presidente do Coren-SP, Mauro Dias da Silva, traçou uma retrospectiva da história da autarquia no estado de São Paulo, lembrando um pouco da trajetória de cada um dos oito presidentes do Coren-SP, de Maria Camargo Falcão, a primeira eleita, em 1975, passando por Victória Secaf, Yolanda Lindenberg, Maria Lúcia Pimentel e Ruth Miranda – mulheres que deixaram a sua marca na história da Enfermagem paulista. O primeiro homem foi Cláudio Porto, em 2008, substituído por Mauro Dias, em 2012, na primeira eleição com mais de uma chapa, após um período de 23 anos. Em 2015 o Coren-SP voltou a ser presidido por uma mulher, a enfermeira e advogada Fabíola de Campos Braga Mattozinho.

 A presidente Fabíola de Campos Braga Mattozinho durante a abertura do encontro

“O Coren-SP é um dos maiores conselhos na questão numérica e na representatividade da força de trabalho, que não para de crescer. Em 2012, quando assumi a presidência, eram 80 mil enfermeiros e hoje já são 120 mil. Ao todo, somos 460 mil profissionais”, lembrou, levantando a questão da qualidade da formação como um dos maiores desafios da atualidade. “Temos enfermeiros que falam três línguas, têm especialização em Harvard e estão habilitados para a pesquisa, e outros semianalfabetos. Todos com inscrição do Coren-SP”, destacou.

O vice-presidente do Coren-SP, Mauro Pires Dias da Silva, traçou uma retrospectiva da história do Conselho

A mudança do perfil de atuação do Coren-SP nos últimos anos, com iniciativas que visam a aproximação com as diferentes realidades da categoria, foi ressaltada pela assessora técnica da secretaria municipal de Saúde de São Paulo, enfermeira Marisa Beraldo. “Até pouco tempo só interessava ao Conselho a alta e a média complexidade. Hoje temos um Grupo de Trabalho da Atenção Básica, plantamos uma sementinha”, disse, parabenizando a diretoria.

A enfermeira Marisa Beraldo, da secretaria municipal de Saúde de São Paulo, parabenizou o Coren-SP pelas novas iniciativas

Além do GT de Atenção Básica, a presidente Fabíola Mattozinho lembrou, durante discurso, de outros 10 importantes grupos criados desde 2012, tais como o GT de Atenção Pré-hospitalar, Saúde Mental, Saúde da Mulher, de Práticas Assistenciais no Âmbito Hospitalar e de Ética Profissional, entre outros. “Estamos iniciando agora o Grupo de Trabalho de Segurança do Paciente, coordenado pela enfermeira Liliane Feldman”, revelou.

O público lotou o auditório do Coren-SP Educação durante evento dirigido a Responsáveis Técnicos

A presidente falou da importância da união da categoria e de uma maior participação política feminina. “A gestão é cada vez mais participativa então todos precisam estar inseridos no mesmo propósito, dando um pouquinho de si para o coletivo. As mulheres representam 83% da força de trabalho na Enfermagem e precisam participar mais das discussões. Somente com a construção coletivas dos caminhos que precisam ser trilhados é que alcançaremos a visibilidade que merecemos”, defendeu.

A professora aposentada da USP, Raquel Raponi, falou das dimensões do processo gerencial de Enfermagem

Após a abertura dos trabalhos, a professora aposentada da USP, Raquel Raponi Gaidzinski, elencou as dimensões do processo gerencial de Enfermagem, durante a conferência Importância das competências ético-políticas no gerenciamento em Enfermagem. Uma dos pontos destacados foi a escuta qualificada. “Não adianta ter competência técnica sem saber ouvir, sem se preocupar com quem estamos lidando na equipe, quais os valores das pessoas, até para poder mobilizá-las para os objetivos desejados”, ponderou.

Exposição com paineis comemorativos traçam uma retrospectiva dos 40 anos do Coren-SP. Clique aqui para fazer o passseio virtual

 

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