Apresentado resultado da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil

O COREN-SP participou nesta quarta-feira (6) do lançamento da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, em Brasília (DF), juntamente com dirigentes de importantes universidades paulistas. A iniciativa, conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), é considerada o maior estudo da América Latina sobre a categoria profissional. Além de inédita, a pesquisa abrange um universo de mais 1,6 milhão de trabalhadores, incluindo enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área de saúde, no Brasil, abrange um contingente de 3,5 milhões de trabalhadores, dos quais cerca de 1,7 milhão de profissionais atuam na Enfermagem. O estudo conduzido pela Fiocruz e pelo COFEN aponta desgaste profissional em 66% dos entrevistados e uma forte concentração de profissionais de Enfermagem na Região Sudeste (mais da metade das equipes consultadas).

Profª Silvana Martins Mishima (Diretora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP), Profª Miriam Aparecida Barbosa Merighi (Vice-diretora da Escola de Enfermagem da USP), Profª Maria Isabel Pedreira de Freitas (Diretora de Enfermagem da Unicamp), Marcus Vinicius de Lima Oliveira (Primeiro-secretário do COREN-SP e coordenador da pesquisa no estado de São Paulo), Fabiola de Campos Braga Mattozinho (Presidente do COREN-SP), Profª Maria Magda Ferreira G. Balieiro (Vice-Diretora da EPE da Unifesp) e Profª Wilza Carla Spiri (Vice-Chefe do Departamento de Enfermagem da Unesp).

O Perfil da Enfermagem no Brasil apresenta as características da profissão com base nos seguintes aspectos: identificação socioeconômica; formação profissional; acesso à informação técnico-científica; mercado de trabalho; satisfação no trabalho e relacionamento; e participação sociopolítica.

Os resultados detalham a situação da Enfermagem em âmbito nacional e regional, nas 27 unidades federativas. “Os dados possibilitarão conhecer a realidade dos profissionais de Enfermagem do Brasil, visando aprimorar, cada vez mais, os serviços prestados por eles, além de fornecer informações para subsidiar a construção de políticas públicas voltadas para a categoria, o que beneficiará toda a sociedade”, esclarece a coordenadora-geral do estudo e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Maria Helena Machado.

O estudo inclui desde profissionais no começo da carreira (auxiliares e técnicos que iniciam com 18 anos; enfermeiros, com 22) até os aposentados (pessoas de até 80 anos). “Traçamos o perfil da grande maioria dos trabalhadores que atuam do campo da saúde. Trata-se de uma categoria presente em todos os municípios, fortemente inserida no SUS e com atuação nos setores público, privado, filantrópico e de ensino. Isso demonstra a dimensão da pesquisa, que não contempla apenas os que estão na ativa, mas a corporação como um todo”, comentou a coordenadora. No quesito mercado de trabalho, 59,3% das equipes de Enfermagem encontram-se no setor público; 31,8% no privado; 14,6% no filantrópico e 8,2% nas atividades de ensino.

Os resultados da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil serão divulgados durante as atividades do mês da Enfermagem, comemorado em maio. O estudo tem apoio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).

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