Guarujá classificará pacientes conforme o grau de prioridade dos casos

Um novo sistema de atendimento entra em vigor na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Matheus Santamaria, conhecida como PAM Rodoviária, a partir do próximo dia 23. Os pacientes passarão pelo Serviço de Acolhimento e Classificação de Risco: um enfermeiro estabelecerá a prioridade de atendimento. São cinco possibilidades

O sistema já é aplicado em outras cidades da região (Santos, Praia Grande e Bertioga). Segue o Protocolo de Manchester, criado em 1997 na Inglaterra e hoje adotado por vários países.

Em Guarujá, o modelo está sendo formatado pelos enfermeiros Daniel Araújo Alves e Luciana de Souza Saião, que esta semana fazem um curso em Belo Horizonte (MG) com o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco.

Ambos já trabalham na UPA, que será adequada na próxima semana para o novo sistema. “Queremos não só classificar os pacientes, mas também dividi-los conforme a prioridade. Os casos mais urgentes ficarão próximos à área de emergência, por exemplo”, explica Luciana.

Atualmente, todos ficam em uma recepção única, e não passam por qualquer triagem. “Já houve mortes de pacientes que aguardavam na recepção e acabaram enfartando. A experiência mostra que, muitas vezes, pessoas em condição mais grave são as que menos se manifestam, pois nem forças para isso têm. Com esse novo sistema, isso não vai mais acontecer”.

 

Agora, após darem entrada no atendimento, elas passarão diretamente à Sala de Acolhimento e Classificação de Risco. Daniel e um técnico em enfermagem vão aferir os sinais vitais e classificar o paciente – o diagnóstico, entretanto, só será dado após o atendimento, pelo médico.

O projeto piloto será analisado trimestralmente. “Se der certo nessa unidade, a tendência é que seja instituído também nas outras”, afirmam os enfermeiros. “Para isso, precisamos de uma rede articulada, pois não adianta mandar o paciente à UBS e ele voltar porque lá não encontrou médico. É serviço complexo, que envolve todo o sistema de saúde”, afirma Daniel.

Prioridades:

Emergência (cor vermelha/ tempo zero). Exemplo*: infarto iminente
Muito Urgente ( laranja/ em até 10 minutos). Exemplos*: sinais iniciais de infarto, hemorragia incontrolável
Número 3: Urgente (amarela/ até 60 minutos). Exemplos*: febre, desidratação, dengue, virose
Número 4: Pouco Urgente (verde/ até 120 minutos). Exemplos*: unha encravada, conjuntivite, doença crônica
Número 5: Não Urgente (azul/ até 240 minutos). Exemplos*: casos que podem ser atendidos na atenção básica (pressão alta, diabetes etc.)

Conforme a gravidade, pode-se alterar a prioridade.

 

Saiba mais sobre a Triagem de Manchester em reportagem publicada na Enfermagem Revista

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