Câncer de mama: palestra destaca a importância do tratamento multidisciplinar

Encerrando a programação do Outubro Rosa – mês mundial de combate e prevenção ao câncer de mama -, o Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos, promoveu, sexta-feira (24), ciclo de palestras dirigido aos profissionais de saúde, pacientes e seus familiares. A iniciativa foi prestigiada pela chefe técnica da Subseção Santos do COREN-SP, Penélope do Nascimento Lopes.

O enfermeiro Jurandyr Bezerra de Freitas (à dir.) é supervisor da equipe técnica da Oncologia do HGA 

Ao abrir o ciclo, o enfermeiro Jurandyr Bezerra de Freitas, supervisor da equipe técnica da Oncologia,  lembrou que o HGA passou a integrar a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer há um ano, e desde então os serviços oferecidos foram ampliados e o número de pacientes saltou de 284 para 987. A Rede é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo que integra – sob a mesma regulação – 71 unidades hospitalares de referência no combate ao câncer. 

O mastologista Vicente Tarricone falou dos avanços do tratamento do câncer de mama

A primeira palestra do Ciclo foi do mastologista Vicente Tarricone, que abordou os avanços e as perspectivas no tratamento do câncer de mama, doença que atinge 1,5 milhão de pessoas no mundo e 50 mil no Brasil. Tarricone lembrou que na década de 1960 era grande o estigma contra a doença. “A orientação era para não falar que era câncer, porque havia a crença que o paciente viveria melhor assim. Hoje, sabemos que quanto maior conhecimento sobre o corpo humano e sobre o câncer de mama, em específico, melhor para o tratamento”, observou.

Pacientes e profissionais de saúde prestigiaram o Ciclo de Palestras organizado em Santos

Com 32 anos de experiência na área oncológica, a psicóloga Sandra Tarricone enfocou a questão da autoestima e da autoimagem das pacientes. “Quanto mais eu me valorizar, melhor será a minha recuperação”, ponderou. Explicou que o tratamento leva em média dois anos, é dividido em três fases – diagnóstico, operatório e pós-operatório, e tratamentos complementares – e que o perfil multidisciplinar da equipe é essencial para o seu sucesso. “A dor compartilhada se torna menor. É preciso conversar com a equipe, ter uma pessoa próxima para desabafar; não pode se isolar”, recomendou a especialista.

A elevação da autoestima foi o foco da palestra da psicóloga Sandra Tarricone

A fisioterapeuta Fernanda Viana, do GAPC – Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer, falou da dor do paciente oncológico e da importância de iniciar a fisioterapia antes mesmo da cirurgia. “Quanto antes você começar a tratar, maior funcionalidade e menos dor você terá”, explicou. O pós-operatório é marcado por dificuldades na movimentação do braço e do ombro. Essa limitação é consequência da dor ocasionada devido à tração da pele e dos músculos da axila, do tórax e do braço, na manipulação cirúrgica. Sensação de peso nos braços, formigamento e dormência também são comuns.

A chefe técnica da Subseção Santos do COREN-SP, Penélope do Nascimento Lopes (à esq.), com funcionários e voluntários do HGA

 

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