Nenhum parecer será emitido sem rigorosa apuração, afirma presidente do COREN-RJ

Em comunicado emitido na última sexta-feira (19/10), o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, Pedro de Jesus Silva, afirma que o COREN-RJ não emitirá qualquer parecer sobre o caso do PAM de São João do Meriti “sem antes submeter os dados à rigorosa apuração e à acurada análise de todas as circunstâncias que cercam os dois lamentáveis incidentes”.

O documento foi publicado no site do Regional Fluminense ter sido procurado por diversos veículos jornalísticos que solicitaram entrevistas sobre a sua posição, as providências tomadas e o que acontecerá após as averiguações do caso de uma senhora que faleceu após receber uma injeção de café com leite na veia.

“Afianço que o fato de não estarmos na mídia dando declarações nada tem a ver com omissão por parte do nosso Conselho. Muito ao contrário: evitamos assim dar passos irresponsáveis, que possam trazer ainda mais prejuízos aos profissionais, ou ainda fustigar a dor dos familiares das idosas falecidas”, afirma o presidente do COREN-RJ.

Segue abaixo a íntegra do comunicado divulgado pelo presidente do Regional fluminense no sai 19 de outubro:

Colegas da Enfermagem fluminense
Mais uma vez, utilizo este espaço para me manifestar diretamente à nossa categoria. Escrevo para informar sobre as minhas atitudes e dividir preocupações, enquanto presidente do Coren-RJ, eleito pela maioria de vocês. Previno a todos que, após os últimos acontecimentos que envolvem frontalmente a enfermagem fluminense, nossa classe está, mais do que nunca, sob as lentes da imprensa, na incômoda posição de berlinda. E peço que não se abatam com o que verão e ouvirão na mídia e, principalmente, que não façam pré-julgamentos nas mídias sociais.

Fomos contatados pelas produções de vários veículos, inclusive de telejornais e de programas como Fantástico da Rede Globo e Domingo Espetacular, da Record. Todos solicitaram entrevistas acerca da posição do Conselho quanto às providencias que estamos tomando e o que acontecerá após a conclusão das sindicâncias. Munido de muita cautela e responsabilidade, eu, Pedro de Jesus Silva, em consonância com os Conselheiros, não me pronunciarei levianamente sobre os fatos ocorridos com a imprensa, pois não cairei nas armadilhas da opinião vazia. O Coren-RJ portanto, não emitirá qualquer parecer sem antes submeter os dados à rigorosa apuração e à acurada análise de todas as circunstâncias que cercam os dois lamentáveis incidentes.

Caso ainda não saibam, até o presente momento não contamos com os documentos-chaves – prontuário do paciente e livro de ordens e ocorrências – para a realização da nossa sindicância. Tanto a Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, quanto o PAM de São João de Meriti, negaram-se a nos fornecer os documentos, solicitados imediatamente pela fiscalização do Coren-RJ. Por conta destas negativas, a autarquia entrou na justiça contra as instituições, em ações de exibição de documentos, ajuizadas na 3ª Vara Federal de Volta Redonda (Barra Mansa não conta com Vara Federal) e da 4ª Vara Federal de São João de Meriti.

Afianço que o fato de não estarmos na mídia dando declarações nada tem a ver com omissão por parte do nosso Conselho. Muito ao contrário: evitamos assim dar passos irresponsáveis, que possam trazer ainda mais prejuízos aos profissionais, ou ainda fustigar a dor dos familiares das idosas falecidas.

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