Ministério Público quer incluir diagnóstico de cinco doenças no teste do pezinho em São Paulo

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) entrou com uma ação civil pública pedindo que o SUS no Estado faça o diagnóstico de mais cinco doenças junto do teste do pezinho. O exame, feito com a retirada de uma gota de sangue do calcanhar de recém-nascidos, identifica atualmente quatro grupos de doenças.

O MPF quer que sejam incluídos os diagnósticos da hiperplasia adrenal congênita, da deficiência de biotinidase, toxoplasmose congênita, deficiência de G6PD, e da galactosemia. Segundo o órgão, essas enfermidades podem causar danos neurológicos e até, em casos extremos, a morte das crianças. Com o diagnóstico nos primeiros dias de vida, no entanto, elas podem ser controladas ou eliminadas.

“Como a maioria das pessoas não tem condições financeiras para arcar com os custos, estão privadas da possibilidade de uma melhor qualidade de vida, considerando que o diagnóstico precoce possibilita o início de terapias em tempo de evitar maiores complicações e propiciar melhor relação custo-benefício para os usuários dos serviços públicos de saúde”, ressalta o texto da ação.

De acordo como o Ministério Público, em Goiás e Santa Catarina o número de doenças detectadas com o exame foi ampliado. O MPF argumenta ainda que “os custos com a realização de exames de diagnóstico, em casos específicos, certamente serão compensados com a redução das complicações que as doenças acarretam no longo prazo, reduzindo gastos com medicação, tratamento e hospitalização. Sem contar na redução de abstenções à escola e ao trabalho”.

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