Diretor-executivo do ICN fala a conselheiros e lideranças no COREN-SP

Além da visita da princesa Muna al-Hussein às instalações do CAPE, o COREN-SP aproveitou a Conferência da Rede Global de Centros Colaboradores da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Enfermagem e Obstetrícia para trazer mais uma autoridade internacional da área. No dia 29 de julho, quinta-feira, foi a vez de o Conselho receber o diretor-executivo do Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN – International Council of Nurses), David Benton.

O dirigente do ICN foi recebido por conselheiros e lideranças da Enfermagem na sede do COREN-SP, onde respondeu a perguntas e fez uma breve apresentação da atuação da entidade. Benton disse que ficou impressionado com o número de instituições e de fiscalizações por ano em São Paulo. “É uma carga tremenda, uma grande responsabilidade”, afirmou.

No ICN desde 2005, Benton afirmou que uma das principais tarefas é colocar a Enfermagem na liderança. “Não podemos ficar a reboque”, disse. Sobre as contribuições e diferenças entre os países (o ICN tem 135 membros, mais 40 países em estágio de candidatura), o diretor-executivo disse que o Conselho está aberto a essas ideias. “Não podemos simplesmente transplantar essas contribuições, mas modificá-las de acordo com as necessidades de cada país”.

Benton lembrou que a atuação dos conselhos profissionais hoje é mais complexa. “Antes éramos os únicos que protegíamos o público, hoje há muitas entidades, ONGs, então é preciso trabalhar de forma colaborativa”, disse.

Durante sua apresentação, Benton lembrou que o ICN foi criado em 1899, e foi um dos responsáveis e pioneiros na criação da OMS. No entanto, com a globalização, o Conselho tem se deparado com outros desafios além dos tradicionais desenvolvimento profissional, regulação e condições de trabalho. O executivo falou das migrações em massa (e, consequentemente, das doenças) e da tele-enfermagem.