Dobra o número de atendimentos a dependentes de álcool em SP

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde entre os anos de 2004 e 2007 aponta um crescimento de 119,45% no número de atendimentos de pessoas em busca de tratamento contra o vício do álcool. Somente em 2007, os 47 Centros de Atenção Psico-Social (Caps) que atendem dependentes químicos realizaram 321.162 atendimentos. Em 2006 o número foi de 267.582. Em 2005, 225.375 e em 2004 o número de atendimentos foi de 146.344. A busca por tratamento contra o alcoolismo tem aumentado inclusive entre aqueles em que o vício já chegou a pontos extremos. O número de atendimentos de cuidado intensivo, ou seja, que demandam atendimento diário, saltou de 125.262 em 2004 para 283.552 em 2007, uma alta de 126,4%. ?O vício do álcool, assim como acontece com as drogas, é a princípio silencioso. O paciente demora para procurar ajuda e só toma esta iniciativa quando o álcool já dominou sua vida, destruiu seu emprego e, por vezes, suas relações familiares?, afirma Luizemir Lago, coordenadora do Cratod (Centro de Referência e Tratamento de Álcool, Tabaco e Outras Drogas). O Estado de São Paulo conta hoje com 47 Caps especializados no tratamento de dependentes de álcool e drogas. Nove deles são na capital, que conta ainda com o serviço especializado do Cratod. Para ter acesso aos CAPs, os interessados devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que fará o encaminhamento para o serviço especializado mais próximo. Localizado na região da Cracolândia, o Cratod mantém atendimento multidisciplinar, ou seja, com equipe composta por médicos clínicos e psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros que acompanham todo o processo de recuperação do paciente, desde a desintoxicação até o resgate da auto-estima. O índice de reabilitação chega a 30%, o preconizado pela Organização Mundial de Saúde.