Mulheres com depressão tem mais risco de dependência cardíaca

A depressão aumenta o risco das mulheres desenvolverem doença cardíaca, segundo estudo publicado, nesta semana, pela Agência Nacional Estatística do Canadá. Embora as razões dessa relação ainda não estejam claras, os autores acreditam que há um componente fisiológico, que inclui predisposição genética à doença ou marcadores inflamatórios, que pode aumentar o risco de doença cardíaca em pessoas com depressão. Avaliando dados de quase 5 mil pessoas, os especialistas do StatsCan descobriram que mulheres com depressão têm 70% maior risco de desenvolver doença cardíaca, comparadas com mulheres sem depressão. Por outro lado, eles não encontraram a mesma relação entre os homens. Mas os autores acreditam que o tempo de acompanhamento e o tamanho da amostra podem ter sido insuficientes para mostrar o mesmo efeito nos homens. Então, se nós acompanharmos por mais alguns anos, nós provavelmente veremos isso aparecendo nos homens, destacaram os autores. Uma teoria que poderia, em parte, explicar essa relação seria de que as pessoas com depressão são mais propensas a apresentar fatores de risco para doenças cardíacas, como má alimentação, sedentarismo e os hábitos de beber e fumar. Porém, os resultados permaneceram os mesmos considerando esses fatores de risco. Por isso, eles acreditam em uma ligação fisiológica. De acordo com os especialistas, a doença cardíaca coronariana é a segunda maior causa de incapacidade para os homens e a terceira para a mulher; enquanto a depressão é a quarta maior causa de incapacidade entre os homens e a principal entre as mulheres. Por isso, os resultados destacam a importância de monitorar o desenvolvimento de doença cardíaca em pessoas com depressão, particularmente nas mulheres.