Evolução de medicamentos reduz impacto de efeitos colaterais

O câncer surge quando um grupo de células passa a se reproduzir desordenadamente, formando um tumor. Em homens, a doença costuma atingir a próstata ou o pulmão; nas mulheres, a mama é o alvo mais freqüente. O câncer é combatido por meio de três iniciativas: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Uma costuma suceder a outra. A principal ação é a cirurgia, por meio da qual o médico tenta retirar o tumor, eliminando as células doentes. Mas nem sempre é possível destruir todas elas – isso depende tanto da posição do tumor como da disseminação das células, que podem ter se espalhado por outros órgãos. Daí a importância dos outros dois tratamentos, que complementam a cirurgia. A quimioterapia geralmente é composta por medicamentos líquidos, que são misturados ao soro e injetados no paciente. Cada sessão dura cerca de uma hora. O número de sessões varia conforme o estado do paciente, mas em média são feitas de seis a oito aplicações. O intervalo entre elas também varia, mas costuma ser de 21 dias. Dependendo do caso, o paciente sente enjôo, sono e mal-estar geral, além de sofrer queda de cabelos, afirma Brigitte van Eyll, oncologista do Hospital Santa Catarina, da capital. O sistema imunológico também fica debilitado, devido à destruição dos glóbulos brancos. Atualmente já é possível substituir os medicamentos injetáveis por comprimidos, que muitas vezes causam menos efeitos colaterais. A queda de cabelos, por exemplo, tornou-se mais rara. Nos últimos anos, algumas drogas foram substituídas por outras e aquelas que permaneceram foram aprimoradas. Por isso, os efeitos colaterais diminuíram, diz Brigitte.