Atendimento pré-hospitalar diminui o custo do tratamento de infarto

O atendimento pré-hospitalar em casos de infarto do miocárdio agudo pode aumentar a expectativa de vida dos pacientes e diminuir custo. A conclusão é resultado da pesquisa realizada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) em parceria com o Instituto Nacional de Cardiologia. A pesquisa foi coordenada pelo cardiologista Denizar Vianna Araújo. De acordo com o estudo, a utilização de fibrinolítico nas ambulâncias durante o atendimento pré-hospitalar reduz o custo do tratamento do infarto por pacientes em R$ 176, quando comparado com o tratamento padrão. Além disso, a antecipação do atendimento também aumenta a expectativa do paciente. Segundo os pesquisadores, cada minuto que se perde nas três primeiras horas desde o início dos sintomas representa 11 dias a menos na expectativa de vida dos pacientes. No Brasil, o infarto é responsável por 27% dos óbitos, perdendo apenas para traumas e acidentes. No último ano, o ataque cardíaco causou 83 mil mortes e um gasto de R$ 500 milhões para o sistema público de saúde. Somente a cidade de Diadema, em São Paulo, tem o atendimento pré-hospitalar implantado no SAMU. A expectativa dos pesquisadores é que, com o resultado das pesquisas, mais cidades implantem a medida.