Controle de glicose é essencial para pessoas com stents coronários

O controle glicêmico é importante para qualquer pessoa que tenha diabetes, porém, um controle adequado se torna essencial para se evitar complicações quando há a utilização de stents farmacológicos, segundo estudo apresentado, nesta semana, no Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, em Recife. Os stents são próteses normalmente de metal que são inseridas em um conduto do corpo para prevenir ou impedir a redução do fluxo causado por entupimento das artérias. Os stents coronários, por exemplo, são implantados nas artérias obstruídas, para que estas possam levar o sangue até o coração, aumentando a oferta de oxigênio e nutrientes ao músculo cardíaco. É um método eficaz de tratamento do acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos. Para avaliar a importância do controle da glicose entre os pacientes que passaram pela cirurgia de implantação de stent e a incidência de revascularização do vaso alvo, devido a entupimento das artérias, os pesquisadores do Hospital Balbino, no Rio de Janeiro, avaliaram 240 pacientes com indicação para um procedimento de desobstrução das artérias coronárias. Com as análises, os especialistas observaram que, entre os pacientes que não eram diabéticos e os diabéticos com bom controle glicêmico (teste de hemoglobina glicada ? A1C ? menor do que 7%), as taxas de revascularização foram insignificantes (2,8% e 4,3%, respectivamente). No grupo com glicose mais alta (A1C =7%), porém, essas taxas foram bem elevadas em comparação com os outros dois grupos (15,6%). Além disso, a incidência de re-hospitalização foi bem maior entre aqueles com glicose mais alta ? 18,2%, contra apenas 4,3% dos pacientes que controlavam bem os níveis de açúcar no sangue. A recorrência de angina, ou dor no peito, também quase três vezes foi maior entre esses pacientes.