Falta de vitamina D agrava riscos do câncer de mama

Mulheres com deficiência de vitamina D sofrem mais com o câncer de mama, sendo 94% mais propensas a ter a disseminação do câncer para outros órgãos do corpo (metástase) e tendo 73% maiores chances de morrer do que aquelas com níveis normais da vitamina. Essas foram as conclusões de um estudo canadense apresentado, no dia 31 de maio, no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica. Além disso, segundo os autores, mais de um terço (37,5%) das mulheres com câncer de mama tinham níveis de vitamina D classificados como deficientes, e outras 38,5% apresentavam níveis insuficientes. A vitamina D pode ser encontrada em alimentos, como gema de ovo, fígado, manteiga e alguns tipos de peixes; suplementos; além de ser produzido pelo organismo após a exposição aos raios ultravioleta do sol. Ela é essencial para a saúde óssea, e alguns estudos relacionam o nutriente à proteção contra o câncer de mama. Na pesquisa, os especialistas avaliaram a relação entre os níveis de vitamina D, a incidência de metástase e a sobrevivência geral em 512 mulheres diagnosticadas com câncer de mama em Toronto, Canadá, entre os anos de 1989 e 1995. E essas mulheres foram acompanhadas até o ano de 2006. As análises mostraram uma significativa ligação entre os níveis de vitamina D e o câncer. Apenas 24% das pacientes tinham níveis adequados da vitamina (mais de 72nmol/L), e as que tinham quantidade insuficiente (menos de 50 nmol/L) no organismo eram mais propensas a ter câncer mais agressivo. E, após 10 anos, entre as mulheres com os níveis adequados do nutriente, 83% permaneciam sem metástase dos tumores e 85% ainda estavam vivas. Esses números reduziam para 69% e 74%, respectivamente, entre as mulheres com deficiência de vitamina D.