Frio antecipado acarreta problemas respiratórios comuns do inverno

O inverno ainda não começou, mas as temperaturas mais baixas do que o normal já provocam em muitos paulistanos doenças típicas da estação. Nos dois primeiros dias de junho, por exemplo, a temperatura ficou pelo menos dois graus abaixo da média para a época, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). ?Esse ano nós detectamos mais precocemente [as doenças]. Tem um vírus que normalmente a gente consegue observar em abril ou maio. Neste ano, a gente começou a detectar em fevereiro e março. Há também uma freqüência maior de casos?, afirma a infectologista Nancy Bellei, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A infectologista, coordenadora do setor de vírus respiratórios, observou um aumento de 20 a 30% do número de crianças que receberam atendimento no Hospital São Paulo nos últimos dias. ?A gente também está vendo mais adultos infectados com vírus que atingem mais as crianças. E estamos notando a associação de mais de um vírus acometendo a mesma pessoa?, afirmou. Uma gripe forte derrubou nesta semana a relações públicas Francesca Raffaele. ?Fazia dois anos que eu não tinha gripe, achei que ia ficar sem esse ano de novo, mas não deu?, contou. Ela passou o domingo (1) de cama e parte da segunda-feira (2) no hospital para fazer exames. ?Eu nunca vi gripe assim?, comentou. A estudante Daniele dos Santos, de 25 anos, também sofre com a gripe este ano. ?Eu estou gripada faz uns cinco ou seis dias. Começou com coriza, dor no corpo, dor de cabeça muito forte e, nos dois primeiros dias, febre. É a segunda vez que eu pego gripe este ano, desde que começou a fazer frio, e desta vez está mais forte.?