Anticonvulsivantes podem ser usados na amamentação, afirmam especialistas

As mulheres com epilepsia que pretendem amamentar os seus filhos podem ser capazes de fazê-lo com segurança, sem interromper o uso de seus medicamentos, indicam os resultados iniciais de um novo estudo. A preocupação foi levantada por mulheres que amamentam usando drogas antiepilépticas, o que eventualmente poderia aumentar o risco de morte celular nos cérebros, induzida por estas drogas. Em estudos animais, alguns medicamentos podem causar a morte celular no cérebro imaturo (como o de um bebê). O beta-estradiol, o hormônio sexual da mãe, pode bloquear este efeito, enquanto o bebê está no útero, mas tais efeitos protetores estão ausentes após o nascimento. No entanto, um novo estudo apresentado no 60º Congresso da Academia Americana de Neurologia, em Chicago, Illinois, não demonstrou que a amamentação é prejudicial para a criança quando a mãe está usando certos medicamentos anticonvulsivantes. O estudo é o primeiro de seu tipo a analisar o efeito da amamentação e medicamentos anticonvulsivantes. As conclusões são baseadas em um estudo ainda em andamento, que analisou a capacidade cognitiva de 187 crianças com 2 anos de idade cujas mães tomaram um dos seguintes fármacos para o tratamento da epilepsia: carbamazepina, lamotrigina, fenitoína, ou divalproato de sódio (nomes farmacológicos).