Genes associados a leucemia e câncer de mama são identificados pela Unicamp

Dois estudos desenvolvidos em linha de pesquisa do Laboratório de Genética do Câncer do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp identificaram genes polimórficos associados à leucemia mielóide aguda e ao câncer de mama. Os trabalhos foram orientados pela médica e coordenadora da disciplina de Oncologia Clínica da FCM, Carmem Silvia Passos Lima. Em uma das pesquisas, a aluna de medicina Gabriela Góes Yamaguti avaliou três polimorfismos presentes em dois genes que atuam no metabolismo de carcinógenos ambientais, como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) presentes no tabaco, na gasolina, no tiner, no varsol, na aguaráz e no querosene. Para fundamentar seu estudo, Gabriela avaliou pacientes com leucemia mielóide aguda do Hemocentro da Unicamp e indivíduos normais. A autora do estudo descobriu que indivíduos com a combinação dos genótipos variantes dos três polimorfismos gênicos tinham risco 12 vezes maior de apresentar leucemia mielóide aguda. No caso do câncer de mama, para a doença se desenvolver é necessário a formação de vasos sanguíneos para irrigar, oxigenar e nutrir o tumor. Isso é o que mostrou a pesquisa do biólogo e doutorando Gustavo Jacob Lourenço. ?O estudo já havia sido conduzido em homens com câncer de próstata, mas não em mulheres com câncer de mama. O risco de ocorrência do câncer de mama em mulheres com o genótipo variante foi extremamente maior do que o observado em mulheres com o genótipo selvagem?, disse Lourenço.