Temperatura de pele sinaliza risco de lesões nos pés de diabéticos

Os distúrbios de sensibilidade periférica provocados pelo diabetes mellitus condicionam o aparecimento de lesões graves sobretudo nos pés, uma vez que a ausência de dor permite a evolução progressiva da lesão. Pesquisadores norte-americanos da Rosalind Franklin University of Medicine and Science publicaram um estudo sobre estes distúrbios na revista The American Journal of Medicine. Os cientistas avaliaram a efetividade da monitorização da temperatura da pele na diminuição da incidência de úlceras nos membros inferiores de pacientes diabéticos de alto risco. Os resultados apresentados demonstraram que a monitorização da temperatura cutânea culminou na redução de pelo menos 3 vezes da chance de surgimento de úlceras de extremidades inferiores em comparação à abordagem padrão de acompanhamento. Foi verificado que os pacientes que desenvolveram úlceras durante o seguimento da pesquisa possuíam aumento da temperatura da pele no local da lesão já na semana anterior ao seu aparecimento. Com isso, os autores concluem que um grande gradiente de temperatura nos pés de indivíduos diabéticos de alto risco é fortemente preditor do aparecimento de úlcera.