Cientistas desenvolvem analgésico potente sem efeito colateral

Um filtro para barrar a dor crônica, instalado na medula espinhal de roedores, mostrou que pode ter resultados positivos, segundo estudo publicado na revista Nature. O método, desenvolvido por cientistas suíços, faz uso de uma molécula capaz de barrar os estímulos da dor crônica enviados via medula para o cérebro. A mesma substância, porém, não impede que as mensagens dolorosas normais que alertam o cérebro sobre algum perigo real, como uma queimadura, por exemplo, sejam transmitidas aos seus receptores. O objetivo inicial era testar a molécula contra a dor crônica, mas isso poderá ser usado, no futuro, no desenvolvimento de novas drogas, disse Hanns Zeilhofer, da Universidade de Zurique. Segundo autor do estudo, a grande vantagem dessa molécula filtradora é que ela não causa efeito colateral, como ocorre com os medicamentos comerciais de hoje. Analgésicos normais, como a aspirina, podem causar úlceras estomacais, enquanto a morfina faz o paciente dormir e é viciante.