Bióloga monitora formigas para conter transmissão de infecção hospitalar

A bióloga Priscila Cintra Socolowski realiza o monitoramento e o controle da população de formigas do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM), câmpus de Botucatu. Embora não sejam as principais fontes transmissoras de germes causadores de infecção hospitalar, esses insetos podem participar dessa veiculação porque transportam bactérias sobre o corpo e no trato digestivo. Em 2003, quando a pesquisadora realizou seu primeiro trabalho no HC, 32% dos 300 pontos monitorados acusavam a presença das formigas. A formiga fantasma (Tapinoma melanocephalum) e a formiga louca (Paratrechina longicornis) foram as principais espécies encontradas. Com a identificação dos locais, a bióloga preparou uma mistura composta de fígado bovino desidratado, bolo tipo pão-de-ló, mel, 1% de óleo de amendoim e substância inseticida em baixa concentração. Em setembro deste ano, apenas 10% dos 100 pontos observados continham formigas. O trabalho realizado pela bióloga é parte das medidas adotadas pela Comissão de Pesquisa e Controle de Infecções Hospitalares (CPCIH), do HC. A taxa de infeccção na unidade é de 5,0%, número considerado aceitável.