Médicos defendem adoção da vacina 7-Valente na rede pública

Especialistas defendem a adoção da vacina conjugada 7-Valente na rede pública a fim de evitar os riscos da Streptococus pneumoniae (pneumococo), causadora das doenças pneumocócicas. A cada ano, surgem no Brasil 260 mil casos de doenças pneumocócicas, como pneumonia e meningite com lesão cerebral e surdez. As crianças menores de 5 anos são as vítimas mais freqüentes, com mais de 3 mil mortes registradas, embora todas as faixas etárias estejam sujeitas ao contágio. Na opinião da infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Gláucia Vespa, esses óbitos poderiam ser evitados se fosse introduzida a vacina pneumocócica conjugada 7-Valente no calendário oficial. Além da questão de preservar vidas, ela argumenta do ponto de vista econômico. ?Para cada caso de meningite pneumocócica com seqüelas, o custo chega a R$ 8 mil por episódio tratado da doença?, explica a médica. O consenso a que tem se chegado, de acordo com o infectologista e representante do Ministério da Saúde, José Geraldo Leite, é a iminente adoção da vacina Conjugada 7-Valente, que, inclusive, já faz parte do calendário de imunização gratuita em diversos países, como Estados Unidos e Inglaterra. ?No Brasil, a vacina é dada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) apenas nos casos de crianças de alto risco, como as prematuras e com problemas cardíacos, renais ou com diabetes?, ressaltou. Na rede privada, clínicas importam a vacina da Inglaterra, e o custo ao paciente varia entre R$ 95,00 e R$ 230,00.