SUS suspenderá o uso da segunda dose da vacina BCG em crianças

A recomendação é do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, após avaliação de estudos nacionais e internacionais que indicam baixa efetividade da segunda dose na proteção contra as formas graves de tuberculose, sendo suficiente uma única dose. A recomendação para a aplicação da primeira dose da BCG nas primeiras horas de vida da criança, ainda na maternidade está mantida. No caso de pessoas que convivem no domicílio com pacientes portadores de hanseníase, será mantida a recomendação da aplicação de duas doses da vacina, com um intervalo mínimo de seis meses entre as mesmas. Isso porque a BCG produz uma resposta imunológica nessas pessoas que reduz a probabilidade delas contraírem o bacilo de hansen, que provoca a doença. De acordo com o PNI, a segunda dose da vacina BCG foi recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1995, especialmente para crianças em idade escolar, como política para prolongar ou reforçar a imunidade até a idade da adolescência e adultos jovens. No entanto, como estudos recentes comprovam que a vacina não aumenta a imunidade já adquirida com a primeira dose, em 2004, a OMS reviu a orientação e retirou a recomendação da aplicação da segunda dose dessa vacina.