Simulação de atendimento a casos de gripe aviária teve avaliação positiva

A simulação ocorreu nas seguintes etapas: a notificação inicial foi feita em um telefonema à equipe de plantão dos hospitais Emílio Ribas, em São Paulo, e Regional da Asa Norte, em Brasília. Sucessivamente, os demais níveis foram sendo acionados, inclusive com telefonemas aos setores de vigilância epidemiológica do município e do estado de São Paulo, do Distrito Federal e do Ministério da Saúde, feitas por supostos parentes dos casos. Foram avaliados os procedimentos de notificação, investigação, conduta clínica e outras medidas adotadas, visando a esclarecer os fatores relacionados ao evento em si e as medidas indicadas para evitar a disseminação de um problema deste tipo entre a população. O evento serviu para apontar necessidades de aprimoramento do sistema de saúde em situações como a detecção de casos de doenças inusitadas e de fácil transmissão, como o caso hipotético utilizado ontem da chegada ao país de pessoas com sintomas de complicação da gripe vindas de países onde há casos humanos de gripe pelo H5N1, vírus que causa gripe em aves. Foi detectado, por exemplo, que a remessa de amostras para laboratório deverá ser feita em embalagem específica, diferente das comumente utilizadas, como forma de precaução. Do ponto de vista gerencial, deverá haver uma diminuição no tempo de notificação, para que as medidas de investigação sejam adotadas mais cedo, embora o tempo registrado no simulado não tenha significado prejuízo ao suposto paciente e as pessoas que tiveram contato com ele Simulações desse tipo serão continuamente realizadas, envolvendo várias dimensões do Plano de Preparação para a Pandemia de Gripe, que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e foi anunciado pelo Ministério da Saúde durante o Seminário Internacional de Gripe, ocorrido em novembro do ano passado, no Rio de Janeiro.