G-20 destaca a busca por equidade, a cooperação internacional e os impactos das mudanças climáticas na Saúde
Confira as principais propostas da cúpula do Rio de Janeiro para a Saúde
A cúpula do G-20, que se encerrou nesta segunda, 19/11, reforçou a importância de uma arquitetura global para a Saúde, com destaque para o papel central da Organização Mundial da Saúde (OMS). A declaração do Rio de Janeiro destaca a busca por equidade em saúde, a cooperação internacional e os impactos das mudanças climáticas na saúde pública.
Sob o lema “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, a declaração enfatizou a importância de construir sistemas de saúde mais resilientes, equitativos e sustentáveis, com foco no combate a fome, no acesso a água potável, na cobertura universal de saúde e no aprimoramento dos serviços essenciais, incluindo a saúde mental. O G-20 também destacou o fortalecimento da formação da força de trabalho de saúde, com iniciativas como a Academia da OMS, reconhecendo a contribuição dos profissionais no fortalecimento dos sistemas de saúde.
O Brasil exerceu a presidência rotativa do G-20, principal fórum de cooperação econômica internacional, composto por 19 países e dois órgãos regionais — a União Africana e a União Europeia. Juntos, os integrantes do G-20 representam aproximadamente 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.
Vacinas
O documento incorpora a proposta do Brasil de criação de uma coalizão para produção local e regional de vacinas, com foco na inovação e no acesso equitativo a vacinas, tratamentos e diagnósticos, especialmente para doenças negligenciadas e populações vulneráveis.
A vacinação é um ganho civilizatório. Em 50 anos, 154 milhões de vidas foram salvas graças à imunização. A Enfermagem é protagonista neste processo. São mais de 193 mil enfermeiros e técnicos de enfermagem atuam em mais de 38 mil salas de vacina, segundo dados do Ministério da Saúde.
A declaração reafirmou o compromisso de combate a doenças como AIDS, tuberculose, malária e poliomielite. Aponta, ainda, a necessidade de investimentos em prevenção, preparação e resposta a pandemias, com ênfase no financiamento do Fundo Pandêmico e outras iniciativas globais. Esse compromisso reflete a necessidade de preparar os sistemas de saúde para enfrentar futuras crises de saúde pública, reduzindo assimetrias.
Saúde Digital
A saúde digital emerge como ferramenta para a melhoria do acesso e da qualidade dos serviços de saúde global. Os líderes do G-20 reafirmaram o apoio ao desenvolvimento e à implementação de soluções digitais, com ênfase na utilização de tecnologias para fortalecer os sistemas de saúde. A saúde digital foi identificada como um meio eficaz para aumentar a cobertura de cuidados, melhorar a gestão de informações e promover a integração dos serviços de saúde, especialmente em áreas remotas e em países em desenvolvimento. O documento destaca a necessidade de promover uma abordagem de governança/regulatória pró-inovação para a inteligência artificial.
Fonte: Ascom/Cofen