OMS recomenda vacinação contra dengue e malária

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na segunda-feira (2/10), comunicado recomendando vacinação contra doenças transmitidas por mosquitos. O documento aprova nova vacina contra malária e recomenda que países com quadros endêmicos de dengue façam a aplicação da vacina Qdenga, principalmente em crianças e adolescentes.

A vacina R21/Matrix-M para prevenir malária passa a ser recomendada oficialmente pela OMS. É o segundo imunizante contra a doença a receber a aprovação da entidade, após o RTS,S/AS01 em 2021.

“Como um pesquisador da malária, eu costumava sonhar com o dia em que teríamos uma vacina segura e eficaz. Agora temos duas” afirmou o diretor geral da OMS, enfermeiro Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A meta global é eliminar a doença até 2030. Atualmente, a prevenção da malária na se baseia na Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) e/ou na distribuição em massa ou rotineira de mosquiteiros tratados com inseticida (MTI). O desenvolvimento de vacina é recente e a oferta ainda é insuficiente para atender a demanda, segundo a OMS.

A malária é causada por parasitas do gênero plasmodium, transmitidos pelo mosquito Anopheles, e pode ser fatal, se não tratada corretamente. Nas Américas, foram registrados 520.000 casos em 2021, com cerca de 120 mortes segundo a OPAS/OMS. A doença é endêmica na região amazônica.

Dengue – Transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, a dengue é endêmica no Brasil. No comunicado, a OMS avalia que os casos devem continuar aumentando no mundo, por efeito tanto das urbanização desordenada quanto das mudanças climáticas.

A entidade recomendou a introdução da vacina japonesa Qdenga para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. No Brasil, a vacina foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março, para a população de 4 a 60 anos, mas ainda não está disponível no SUS. O esquema vacina é de duas doses subcutâneas, com intervalo de três meses entre elas.

Fonte: Ascom Cofen, com informações da OMS

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