Enfermeiras unem talento e empatia em ação social na Zona Leste de São Paulo

A prática do trabalho voluntário pode ser uma excelente forma de ajudar o próximo e colocar nossas habilidades profissionais a serviço de uma causa maior.

As enfermeiras Valéria Albuini e Adriana Graminha são exemplos disso, com o projeto “Brilhe com Solidariedade”. “Trata-se de um projeto social, cuja ação consiste na colocação de brincos, seja com o primeiro, segundo ou terceiro furos em mulheres e crianças em situação de risco e vulnerabilidade”, explica Valéria Albuini.

As duas profissionais trabalharam por muitos anos na área de Saúde Coletiva na capital e depois passaram a atuar com o furo de orelha humanizado. “A partir do momento em que mudamos a nossa área de atuação e começamos a trabalhar com Furo de Orelha Humanizado, tivemos o desejo de unir esses dois conhecimentos e contribuir para uma mudança de realidade na vida dessas pessoas, levando alegria, autoestima e empoderamento através do nosso projeto”, coloca Valéria.

Adriana Graminha explica como a formação em enfermagem ajudou a ter uma visão que prioriza o ser humano e seu bem-estar: “A enfermagem já tem a formação para ter uma visão holística, considerando a pessoa como um todo. Já tínhamos a experiência de realizar prevenção de doenças e promoção da saúde durante nossa atuação em Saúde Coletiva e através do Furo Humanizado, foi possível enxergarmos um outro lado da enfermagem, atuando com beleza e bem-estar, reforçando também a definição de Saúde que, segundo a OMS, é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades. Dessa maneira, nossa satisfação profissional se tornou ainda maior”, coloca.

Um aspecto interessante dessa ação foi que a dupla de enfermeiras conseguiu engajar toda a equipe do CAE Sagrada Família, que participou ativamente da atividade. “A ação social contou com a colaboração e apoio de toda a equipe do CAE Sagrada Família e de voluntários que nos auxiliaram na organização, acolhimento das crianças e mulheres e nos registros das imagens. Com o empenho de todos, foi possível realizar a colocação de 30 pares de brincos”, conta Valéria Albuini.

Em uma ação social como essa, sempre há histórias que tocam os participantes. A enfermeira Adriana Graminha se recorda com carinho de uma menina que ganhou seu primeiro brinco por causa da ação “Brilhe com Solidariedade”: “Uma menina de 7 anos que falou que tinha o sonho de ter brincos, pois ela era a única criança na sala de aula dela que não tinha. Ver o sorriso dela olhando sua imagem no espelho após a colocação do brinco ficou marcado em nossas memórias”, lembra.

As profissionais falam sobre as lições que aprenderam durante a ação, e que certamente guardarão por toda a vida: “Uma das lições mais importantes foi a valorização das pequenas ações, sentir o poder transformador da solidariedade e ter conseguido amenizar a dor e o sofrimento de cada um deles. Ao interagir diretamente com essas pessoas, podemos compreender suas necessidades, dificuldades e aspirações, nos inspirando a ser mais conscientes das desigualdades ao nosso redor e de entender a importância de contribuir para o bem estar e autoestima dos outros. Percebemos que pequenas iniciativas podem fazer uma diferença significativa na vida das pessoas”, explica Adriana.

Valéria também tirou lições valiosas da ação, que certamente a impactaram pessoal e profissionalmente e que podem servir de inspiração para outras pessoas que desejam realizar ações sociais como o projeto “Brilhe com Solidariedade”: “Essa ação não só trouxe realização profissional, mas foi também um espaço de trocas de saberes e experiências, trazendo satisfação pessoal, empatia, compaixão, aprendizado, crescimento, gratidão e conexão com a comunidade. Foram várias sensações positivas que tornaram nosso trabalho ainda mais gratificante e nos inspirou a promover o engajamento social, na busca constante de fazer a diferença na vida das pessoas”, finaliza.

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