11º Seminário de Comissões de Ética de Enfermagem do Coren-SP traz formação e aproximação do conselho com as CEEs
A Coordenadoria de Comissões de Ética de Enfermagem do Coren-SP realizou nos dias 16 e 17/8 (quarta e quinta-feira), a 11ª edição do tradicional “Seminário de Comissões de Ética de Enfermagem”, no auditório da Universidade Paulista (Unip), campus Vergueiro, na capital.
O 11º Seminário das Comissões de Ética de Enfermagem do Coren-SP foi transmitido ao vivo online e foi realizado das 9h às 16h nos dois dias, contando com a presença e participação do presidente da autarquia, James Francisco dos Santos; da vice-presidente, Erica Chagas; do segundo-secretário, Mauro Antônio Pires Dias da Silva; do primeiro-tesoureiro, Gésus Andrade; da segunda-tesoureira, Virgínia Tavares e dos conselheiros Ivete Trotti, Jane Bezerra, Sérgio Cleto, Wagner Batista, Ivany Baptista, Patrícia Crivelaro, Luciano Santos, Vanessa Morrone e Fernando Henrique Vieira Santos. Os conselheiros do Coren-PE, Ana Paula Ochoa, Marcos Antônio de Oliveira Souza e Sara Fontes também prestigiaram o evento.
O seminário iniciou na manhã da quarta-feira (17/8) com a mesa de abertura composta pelo presidente do Coren-SP, James Francisco dos Santos; pela secretária-executiva de atenção hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Marilande Marcolin; a diretora educacional da Associação Brasileira de Enfermagem, seção São Paulo (ABEn-SP), Ana Lygia Melaragno; a conselheira coordenadora das Comissões de Ética de Enfermagem, Ivete Trotti; a conselheira secretária das Comissões de Ética de Enfermagem, Jane Bezerra e a diretora dos cursos de enfermagem da Unip, Raquel Machado Cavalca Coutinho.
Em suas palavras, a conselheira Ivete, uma das anfitriãs do evento, agradeceu a todos os profissionais de enfermagem que são membros de CEEs: “Agradeço a cada um de vocês por este momento ímpar. Vocês aceitaram o desafio de serem membros de Comissões de Ética de Enfermagem, representando o conselho dentro das instituições, por isso, temos muita gratidão a cada um de vocês”.
A conselheira Jane Bezerra também agradeceu a presença de todos: “Estamos muito felizes em tê-los todos aqui, agradecemos a presença de todos, muito obrigado”.
A representante da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Marilande Marcolin, lembrou da importância dos profissionais de enfermagem de nível médio para o sistema público de saúde: “Muito obrigada a todos pelo convite. Cumprimento também a todos os técnicos e auxiliares de enfermagem pois sem vocês não existiria o serviço de saúde em nosso país, vocês são as molas-mestras desse sistema”.
A primeira palestra do seminário foi feita pelo presidente do Coren-SP, James Francisco dos Santos, cujo tema foi “A Importância da Comissões de Ética de Enfermagem”. “Vocês são um braço do Coren-SP, zelando pela ética no dia a dia de nossa profissão. Isso mostra a grande responsabilidade de cada um de vocês dentro de suas instituições”, lembrou.
James aproveitou a oportunidade para explicar o embasamento legal para a existência das CEEs: “Eu como profissional de enfermagem tenho que ser avaliado eticamente por um par meu e não por um profissional de outra área, daí a obrigatoriedade da formação das CEEs nas instituições com pelo menos 50 profissionais de enfermagem segundo consta na Resolução Cofen nº 593/2018.
A segunda palestrante do evento foi a enfermeira e coach, Carol Basílio, que falou sobre o tema “Inteligência Emocional para Profissionais de Enfermagem”.
Em sua fala, Carol focou em aspectos pouco compreendidos do comportamento humano. “Antes de todo comportamento nosso, sempre surge uma emoção”, ensinou, explicando que nossas principais memórias, inclusive aquelas ligadas a feridas emocionais, surgem do 0 aos 7 anos de idade e que essas feridas emocionais acabam condicionando boa parte dos nossos comportamentos no futuro.
O segundo-secretário do Coren-SP, Mauro Antônio Pires Dias da Silva fez a terceira palestra do dia, “História do Sistema Cofen/Conselhos Regionais e a ética de enfermagem”.
Ele explicou a gênese do sistema Coren/Conselhos Regionais, nos anos 70 e o surgimento da ideia a partir dos próprios profissionais: “Foram os próprios profissionais de enfermagem que tiveram a ideia de criar o conselho. A ideia tendo surgido a partir da própria categoria, diz muito sobre nós e legitima a atuação dos conselhos de enfermagem”, explicou.
O primeiro dia do 11º Seminário de Comissões de Ética de Enfermagem encerrou-se com uma série de Julgamentos Éticos Simulados, em uma mesa-redonda com a participação do presidente do Coren-SP, James Francisco dos Santos e dos conselheiros Ivete Trotti, Jane Bezerra, Sérgio Cleto, Wagner Batista e Fernando Henrique Vieira Santos. Além dos conselheiros do Coren-SP, a atividade teve a participação da conselheira do Coren-PE, Ana Paula Ochoa e de profissionais de enfermagem convidados da plateia.
Segundo dia
O dia 17 começou com a palestra “Comunicação e etiqueta em enfermagem”, feita pela conselheira Patrícia Crivelaro. Um dos principais aspectos trazidos por ela foi o fato de a comunicação ser passível de ser desenvolvida por cada um de nós. “Trata-se de uma ferramenta essencial para nosso sucesso pessoal e todos nós podemos desenvolvê-la”.
Uma das reflexões trazidas por Patrícia foi: “como minha comunicação está contribuindo com os meus resultados?”, uma pergunta que devemos fazer a nós mesmos para avaliar se estamos utilizando a comunicação de forma efetiva e como potência pessoal ou se ela ainda é uma deficiência nossa que precisa ser trabalhada.
O conselheiro Marcus Vinicius de Lima Oliveira fez a terceira palestra da manhã do dia 17, com o tema “Assédio Moral: ficção ou realidade?”.
Estudioso do tema, Marcus trouxe uma definição muito importante que diferencia assédio moral de um eventual conflito pontual: “o que diferencia o assédio do conflito é a frequência e a repetição”, afirmou.
O talk-show “Dilemas Éticos e as Relações com as Comissões de Ética de Enfermagem” prosseguiu com o evento, com a participação do presidente do Coren-SP, James Francisco dos Santos, dos conselheiros Ivete Trotti, Mauro Antônio Pires Dias da Silva e Jane Bezerra e da colaboradora das Câmaras Técnicas e ex-conselheira, Maria Cristina Massarollo.
Durante a atividade, foram chamados representantes de diversas CEEs que deram depoimentos sobre o dia a dia e sobre curiosidades de suas comissões, além de debaterem dilemas éticos reais do dia a dia dessas instituições.
Dentre suas falas, o presidente James lembrou a importância do estudo prévio de toda situação denunciada à CEE dentro de um hospital. “Precisamos ter o conhecimento amplo daquela situação antes de tomar qualquer atitude em relação a ela”.
A palestrante Dyanna Cardoso falou sobre “Inteligência Emocional como Ferramenta para a Qualidade de Vida do Profissional”.
Entre suas falas, Dyanna trouxe a metáfora do rio da vida, contrapondo a mentalidade de escassez e a mentalidade abundância. A palestrante também trouxe o fato de o ser humano ser um ser sistêmico: “somos corpo, alma e espírito e precisamos cuidar de nós mesmos nessas três esferas. Muitas vezes temos o corpo bem cuidado mas estamos anêmicos espiritualmente. Precisamos cuidar do nosso lado espiritual também, lembrando que espiritualidade não tem nada a ver com religião. Você precisa olhar para si mesmo como um ser integral e se alimentar espiritualmente”.
O evento foi encerrado com uma palestra do enfermeiro e policial militar Jarbas Brugnerotto. Jarbas explicou alguns detalhes e curiosidades da operação dos helicópteros de resgate Águia, da Polícia Militar de São Paulo.
Dentre os assuntos abordados por Jarbas, destacaram-se as questões de segurança ligadas ao vôo dos helicópteros do modelo “Esquilo”.
“Temos que utilizar muitos protocolos de segurança relacionados, por exemplo, às áreas de pouso e decolagem pois um acidente com o rotor de cauda do helicóptero normalmente é fatal. Se por um lado temos autorização de pousar e decolar em locais diversos, também temos que estar atentos ao horário por o Águia só atua do nascer ao por do sol por motivos de segurança”, ensinou.
O evento se encerrou com uma apresentação musical do grupo “Trovadores Urbanos”. A enfermeira e cantora Nayara Kedyma também se apresentou durante os intervalos de todo o evento ao lado do tecladista Bruno Miranda, com um amplo repertório da música popular brasileira.
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