Manifesto do Coren-SP em defesa da vida das mulheres

O dia 8 de março é internacionalmente reconhecido por enaltecer as mulheres. Mas além de gestos de gentileza, o que as mulheres defendem, neste dia e em todos os demais do ano, são a igualdade de direitos e o respeito.

A enfermagem é uma profissão majoritariamente feminina, sendo composta por mais de 80% de mulheres no estado de São Paulo. E, desta forma, é diretamente impactada a situações de vulnerabilidade como a violência.

Em meados de fevereiro, ao menos dois casos de feminicídio atingiram profissionais de enfermagem paulistas: a técnica de enfermagem Sabrina Fernanda de Oliveira (morta pelo namorado em São José do Rio Preto) e a auxiliar de enfermagem Edcarla Carbone (assassinada pelo ex-marido em Junqueirópolis).

As profissionais de enfermagem paulistas Edcarla Carbone (à esquerda) e Sabrina Fernanda de Oliveira (à direita) foram vítimas de feminicídio em fevereiro

Estes casos, que não foram repercutidos em grande escala pela mídia, são o reflexo extremo de uma cultura de violência contra a mulher, perpetrada pela sociedade brasileira, colocando o Brasil no 5º lugar de um terrível ranking dos países que mais matam mulheres.

Às vésperas deste Dia Internacional da Mulher, o Coren-SP repudia veementemente também a postura do deputado estadual Arthur do Val, que realizou comentários machistas e misóginos para se referir às mulheres ucranianas, que lutam para sobreviver em meio a uma guerra, e que não merecem ser alvo de sexualização em situação tão dramática.

Neste ano, que também é eleitoral, o Coren-SP defende tanto a presença de mulheres em todos os espaços, com liderança e protagonismo na sociedade, quanto que suas vidas e escolhas sejam respeitadas em todos os momentos.