Empoderamento: enfermeiro é diretor da Divisão de Doenças Crônicas da Secretaria Estadual

Quando o assunto é empoderamento da enfermagem, o enfermeiro Marco Antonio de Moraes é uma referência. Em sua trajetória profissional, protagonizou ações na academia, na prática e na gestão. Diretor Técnico de Saúde e Enfermeiro Sanitarista da Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP), ele esteve no dia 15/7 no Coren-SP, em uma reunião com o presidente em exercício, Cláudio Silveira. “Para que a categoria avance e conquiste a devida valorização e reconhecimento é fundamental que se empodere dos espaços de gestão. Esta gestão do Coren-SP tem incentivado os profissionais nesta jornada”, disse Cláudio.

O presidente em exercício do Coren-SP, Cláudio Silveira, e o Diretor Técnico de Saúde e Enfermeiro Sanitarista da Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde, Marco Antonio de Moraes

Na ocasião, Marco apresentou o trabalho que desempenha na Secretaria Estadual de Saúde e o importante papel que a enfermagem exerce na administração pública. “Poucos profissionais têm a capacidade de fazer gestão como os enfermeiros. Nós conseguimos unir a prática e a ciência, além de nos dedicarmos à causa pela qual atuamos. Também temos um olhar generalista e integral”, disse o enfermeiro, que é doutor e mestre em Saúde Pública pela USP e possui quatro especialidades lato sensu.

Ele iniciou a sua atuação na Secretaria Estadual de Saúde em 1983 e foi coordenador por mais de 10 anos do Programa de Controle do Tabagismo. Depois, assumiu a diretoria da Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, aprofundando-se na área de promoção da saúde, conduzindo Fóruns nacionais e internacionais com essa temática, inclusive subsidiando ações do Governo Federal. “O que mais mata no mundo são as doenças crônicas. Então, elencamos os principais fatores de risco, que além do tabagismo são: sedentarismo, alcoolismo e alimentação inadequada e passamos a estruturar ações voltadas para o seu controle, envolvendo todos os municípios do Estado”, expôs.

Segundo ele, a maioria dos profissionais que atuam nessa frente no Estado de São Paulo, são os da enfermagem. “Eles sempre se destacam na elaboração de projeto e nas formações. Todos os anos, premiamos projetos em nossos Fóruns e sempre houve destaque para enfermagem”, relata, lembrando que contou por muitas vezes com o apoio do Coren-SP em suas ações. Ele conta que, como professor, busca mostrar aos seus alunos a importância do Conselho de classe para a valorização da enfermagem como categoria.

Para a conquista do empoderamento, Marco destaca que é fundamental que a enfermagem também se aproprie de suas habilidades científicas. “Somos o maior contingente de profissionais da saúde, mas é preciso valorizar mais a qualidade da nossa ação. Temos uma prática muito valorizada, mas é preciso também um olhar especial para o lado científico. Além disso, é preciso combater a ideia de submissão. Temos expressividade em muitas áreas”.

Em sua trajetória, ele também seguiu esse caminho. Além de atuar na gestão, é Presidente do Conselho Deliberativo da Associação Nacional de Enfermagem do Trabalho (Anent); Comendador em Saúde e Segurança Ocupacional pela Animaseg, Professor Convidado de Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho no Centro Universitário São Camilo e membro do Conselho Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa Armênio Crestana do SECONCI/SP. “A enfermagem precisa se enxergar como profissão que pode dar visibilidade à sua própria ação”, conclui.