Estudante de enfermagem escreve poema em homenagem à atuação da categoria
Com o objetivo de homenagear, oferecer consolo e apoiar os profissionais de enfermagem, a estudante do 6º semestre do curso de graduação de enfermagem, Victória Souza Brandão Santos, escreveu o poema“Herói do Anonimato”. “Sempre enxerguei que o herói do anonimato é o próprio enfermeiro. A enfermagem sempre foi a linha de frente para tudo, principalmente nos momentos de crise na área da saúde, como, por exemplo, essa pandemia”, diz.
Segundo a estudante, o gosto pela escrita surgiu aos 17 anos de idade. Porém, foi somente com o passar do tempo que ela foi aperfeiçoando a prática.
Em relação ao poema, Victória conta que o escreveu no início do mês de março. Entretanto, com a atual situação que muitos profissionais da saúde vêm enfrentando no combate à pandemia, ela viu a possibilidade de homenagear seus mestres e colegas de profissão.
“Estive lendo e relendo o poema e percebi o quanto ele se encaixava no cenário atual. Mas, em especial, as equipes de enfermagem que precisam lidar com os desafios e realidade diária, como, por exemplo, a falta de EPIs, a falta de apoio da sociedade, as longas jornadas de trabalho, a má remuneração, entre outros”, destaca.
Para a futura enfermeira, a enfermagem não pode desistir de continuar conscientizando as autoridades, para que, assim, possam ser realizados atendimentos dignos e tratamentos de qualidade.
“Também acredito que a enfermagem precisa se unir mais do que nunca. Devemos colocar mais ‘doses’ de união para que possamos vencer isso o mais breve possível. A união faz a força, pois se um cair, o outro vem e o levanta”, finaliza.
Leia o poema Herói do Anonimato na íntegra:
Herói do anonimato
Nunca é valorizado
Ninguém o promove
Ma não é isso que o move
Ele até sente a alheia dor
Contudo, seu coração só bombeia amor
Ele sofre calado
Mas nunca está parado
Sempre distribuindo o seu melhor
Mesmo recebendo de alguém o pior
Veículo de esperança
Pureza de criança
Até tem seus dias nublados
Mas quando cura, também é curado
Ninguém escolhe ser esse herói
Isso é como um chamado
Porque não é para qualquer um, o anonimato
Victória Brandão