Evento de Novembro Azul conscientiza profissionais de enfermagem sobre a saúde do homem

A saúde do homem e principalmente a prevenção ao câncer de próstata foram os temas estudados e debatidos no evento em comemoração ao Novembro Azul – mês mundial de prevenção ao câncer de próstata, realizado na sede do Coren-SP na tarde desta terça-feira (26).

O conselheiro James Santos participou da mesa de abertura…

O conselheiro James Santos e a enfermeira oncologista Verônica Moura, presidente da ABRENFOH (Associação Brasileira de Enfermagem em Oncologia e Onco-Hematologia) fizeram a abertura oficial do evento, destacando o papel importantíssimo que a equipe de enfermagem cumpre na prevenção e no tratamento do câncer de próstata.

…ao lado da enfermeira Verônica Moura, presidente da ABRENFOH

“O enfermeiro está presente em todo o decorrer do paciente oncológico e por isso estamos capacitados a orientar a população tanto sobre as medidas de rastreio e diagnóstico precoce quanto ao tratamento”, frisou Verônica.

O conselheiro James deu as boas vindas aos participantes em nome do Coren-SP e ressaltou a importância individual de cada profissional para que alcancemos taxas cada vez menores de câncer na população: “É importante que cada profissional de enfermagem tenha consciência que estamos aqui para conscientizar a nossa população”, disse.

O médico oncologista Guilherme Avanço forneceu algumas estatísticas sobre o câncer de próstata

O médico oncologista Guilherme Avanço, que trabalha no hospital Beneficência Portuguesa, fez a primeira palestra da tarde, tratando do tema “Aspectos Epidemiológicos e Fisiopatológicos do Câncer de Próstata”.

Ele contou que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 68 mil novos casos de câncer de próstata são descobertos por ano no Brasil.

Guilherme ressaltou que esse tipo de câncer normalmente não apresenta sintomas, e quando os apresenta é sinal que já está em estágio avançado. “Ainda assim, é importante que os homens fiquem atentos a sintomas como dor ou ardência ao urinar, sangue na urina ou no esperma, dores ósseas ou perda de peso”, disse.

Outro dado destacado pelo médico é o fato de a população negra ter, estatisticamente, maiores chances de desenvolver câncer de próstata. “Recomendo que homens de etnia negra façam o exame de toque a partir dos 40 anos de idade. Os das demais etnias, a partir dos 45 anos”.

Após a fala de Guilherme, houve uma breve sessão de perguntas e respostas moderada pela enfermeira Michelle Artioli, mestre em oncologia.

O médico urologista Sahna Barros focou sua palestra no rastreamento do câncer de próstata

A próxima palestra, com o tema “A Importância do Rastreamento e Diagnóstico Precoce do Câncer de Próstata” foi feita pelo médico urologista Sahna Wilbohn de Barros, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e preceptor da residência em urologia da Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo).

O público teve a oportunidade de participar do evento em diversos momentos

Sahna frisou que o câncer de próstata é o de segunda maior mortalidade e prevalência na população masculina, perdendo apenas para o câncer de pele. A boa notícia é que o número de pacientes com a doença vem caindo, principalmente após a popularização dos exames de PSA.

O médico falou sobre a importância da realização do exame de toque e de PSA pela população masculina a partir dos 45 anos de idade. “Há a suspeita de câncer havendo alterações em qualquer um dos dois métodos diagnósticos: exame de PSA e exame de próstata”, disse.

A enfermeira Silvia Vieira falou sobre a relação do paciente com a equipe de saúde

A atividade foi encerrada por uma mesa redonda moderada pela enfermeira Silvia Vieira, gerente de enfermagem do serviço de oncologia do Hospital Sírio-Libanês e com a participação do Sr. João Carlos, paciente oncológico.

João Carlos teve um diagnóstico de câncer de próstata há 10 anos, e contou sua história.

“Gosto muito da equipe de enfermagem, vocês estão presentes o tempo todo. O médico receita medicamentos, mas vocês que estão o tempo todo com a gente”, disse ele.

O Sr. João Carlos está em tratamento para um câncer de próstata e deu a visão do paciente sobre o problema

Silvia ressaltou que João Carlos é um paciente exemplar: “Ele é o paciente que a gente sempre busca. O paciente que tenha adesão ao tratamento, que tenha alegria e que tenha fé na cura”, disse.

O Sr. João Carlos deu a receita para ser um paciente “padrão ouro”: “Ser disciplinado com o tratamento é respeitar os médicos e os enfermeiros que estão cuidando de você”, encerrou.

O técnico de enfermagem Ernesto Aparecido Lopes, que pretende se especializar em oncologia

Após assistir o evento, o técnico de enfermagem Ernesto Aparecido Lopes, que pretende se especializar em oncologia, contou que recebeu informações relevantes durante a atividade. “Essa questão da raça negra ter maiores chances de desenvolver câncer de próstata me chamou a atenção. Irei realizar os exames e alertar meus familiares, como irmão e primos”, disse o profissional.

O conselheiro James Santos com profissionais de enfermagem da ABRENFOH e o Sr. João Carlos

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