Palestras no Coren-SP Educação abordam a prevenção a incêndios em hospitais
Após o trágico incidente ocorrido no Hospital Badim, no Rio de Janeiro (RJ), em setembro, a possibilidade de incêndios em unidades de saúde tornou-se foco de uma série de debates e reflexões.
Levando isso em conta, o Coren-SP Educação, unidade educativa do Coren-SP, cedeu um de seus auditórios à Associação de Hospitais do Estado de São Paulo, para a realização do evento “2º Fórum AHESP Hospitais & Saúde: prevenção de Incêndios em Hospitais e Serviços de Saúde”, na manhã desta quarta-feira (2/10).
Representando o Coren-SP, o gerente executivo da fiscalização, Vagner Urias, participou da mesa de abertura, ao lado do presidente da Associação de Hospitais do Estado de São Paulo, Eduardo Oliveira; do presidente da Fundação de Apoio ao Corpo de Bombeiros (Fundabom), Frank Itinoce, e do professor Wesley Pinheiro.
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A mesa de abertura contou com a participação do gerente executivo da fiscalização do Coren-SP, Vagner Urias
Moderada pelo coronel Wilson Leite, reservista do Corpo de Bombeiros de São Paulo, a primeira palestra do dia foi feita pelo coronel Vagner Bora, também reservista do Corpo de Bombeiros.
Vagner falou sobre a prevenção das principais causas de incêndios. Um dos dados surpreendentes apontados pelo coronel é que atualmente os incêndios estão muito mais agressivos por conta dos materiais utilizados na confecção de móveis e acabamentos. “Atualmente se utiliza muito plástico, fibras, colas e outros materiais químicos”, afirmou. Ele mostrou um vídeo comparativo que corrobora a afirmação: um ambiente com móveis mais antigos, feitos de madeira, demorou muito mais para incendiar completamente do que um ambiente com móveis modernos.
O coronel também destacou a importância de as edificações terem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). O documento é a garantia de que o edifício de um hospital, por exemplo, segue todas as normas de segurança contra incêndios.
O também coronel Walmir Corrêa Leite fez a segunda palestra do evento. Ele focou os sistemas de proteção contra incêndios, que se dividem em sistemas passivos, como contenções feitas com materiais a prova de fogo e sistemas ativos, como extintores.
Ele falou sobre exigências legais de segurança, específicas para os ambientes hospitalares. “Hospitais são ambientes diferenciados e portanto têm tratamento diferenciado na legislação. Aqueles que estão hospitalizados têm uma mobilidade reduzida e isso é um dos diferenciais”, disse.
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O coronel Walmir Leite falou, entre outras coisas, sobre sistemas de proteção contra incêndios
Walmir afirmou também sobre a importância de se ter as chamadas áreas de refúgio nos hospitais: zonas protegidas por mecanismos corta-fogo que podem ser utilizadas, em cada andar, para evacuação em caso de incêndios, já que no ambiente hospitalar é muito difícil evacuar todos os pacientes para o térreo. Isso leva em conta os pacientes que estão acamados e aqueles que dependem de artifícios como respiradores artificiais, por exemplo.
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O coronel Wilson Leite moderou os trabalhos
A terceira palestra foi feita pelo coronel Frank Itinoce. Ele focou sua fala na legislação pertinente à segurança contra incêndios e a evolução dessa legislação ao longo dos anos.
Ele destacou que 97% das construções que incendeiam não possuem o AVCB. “Isso mostra que com o AVCB, há uma redução drástica no risco de incêndio”.
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Frank Itinoce focou sua fala na legislação de segurança contra incêndios
Frank sugeriu aos profissionais de enfermagem para que falem com seus superiores e peçam treinamento para combate a incêndios. “Falem com a gestão de vocês e peçam esse treinamento, pois ele é fundamental”, afirmou.