Enfermeiras obstetras reduzem o uso de episiotomia em mulheres na Santa Casa de Ourinhos

A episiotomia é uma intervenção obstétrica que consiste no corte do períneo posterior para facilitar o nascimento do bebê. Embora tenha sido procedimento cirúrgico muito comum, a episiotomia foi introduzida sem evidência científica suficiente sobre a sua efetividade, pois seu uso era para proteger o períneo contra lesões por laceração desordenadas e evitar o sofrimento fetal.

Entretanto, se for realizada sem cautela, pode causar vários danos à parturiente, como problemas físicos, emocionais e estéticos. A enfermeira obstetra Flávia D’Angelo conta que as principais complicações desse procedimento são as hemorragias, infecções e lacerações traumáticas graves de terceiro e quarto grau, que podem causar sequelas de curto a longo prazo, tal como incontinência anal/fecal, incontinência urinária, fístulas retovaginais, dor perineal e dispareunia.

A enfermeira obstetra Flávia D’Angelo

“A redução de episiotomia trouxe a segurança emocional à mulher, que vivencia expectativas do pré-natal, e deixa o processo de nascimento em perfeita harmonia. O empoderamento da mulher, em adotar as posições mais confortáveis no trabalho de parto, contribuiu para a redução do uso de medicações indutoras e na queda da taxa de episiotomia”, diz Flávia.

Daniela de Souza é a responsável técnica da Santa Casa de Ourinhos e explica que a ação das equipes de enfermagem trouxe cada vez mais segurança e confiança às parturientes. “A equipe passou a conversar mais com as gestantes e entender as complicações e angústias que as futuras mamães tinham em relação à episiotomia. As enfermeiras mudaram a vida dessas mulheres após o parto. A redução de episiotomia trouxe um absoluto bem-estar para a enfermagem obstétrica e para as parturientes”, declara.

A responsável técnica da instituição Daniela Souza

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