Profissionais da Atenção Básica conversam sobre Consultórios na Rua em evento na sede do Coren-SP

Os consultórios na rua foram o tema central da 9ª Roda de Conversa Sobre Atenção Básica do Coren-SP, realizada na manhã desta terça-feira (19) na sede da autarquia.

Organizado pela conselheira Rosana Garcia, o evento teve moderação de Marisa Beraldo, do Grupo de Trabalho de Atenção Básica do Coren-SP e participação da conselheira Maria Cristina Massarollo, coordenadora das câmaras técnicas, da conselheira Dorly Gonçalves e de Vagner Urias, gerente executivo da fiscalização da autarquia.

A conselheira Rosana Garcia falou sobre a estruturação do serviço de Consultório na Rua e sua inserção na PNAB

As palestrantes na Roda de Conversa foram Rosana Garcia, a enfermeira Rhavana Canônico, que atua nos consultórios de rua da cidade de São Paulo e Lanny Hino, gerente de fiscalização do Coren-SP.

Rhavana Canônico trouxe o fato de o atendimento a moradores de rua ser multidimensional, o que incluiu ações de inclusão social além da simples assistência à saúde

Na palestra inicial, Rosana fez um apanhado sobre os Consultórios na Rua, explicando sua função e forma de atuação, bem como o serviço pode ser estruturado no cotidiano de forma a cumprir seu objetivo, previsto na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).

Um dos pontos destacados pela conselheira foi a necessidade do trabalho em rede para que os Consultórios na Rua façam um atendimento eficiente. “Se não tiver rede, não há política de atenção a moradores de rua que funcione”, cravou Rosana.

Yasmim Taha falou sobre a Gerência de Comunicação do Coren-SP (Gecom), responsável pelas mídias sociais e publicações do Conselho, que estão à disposição dos profissionais

Durante sua palestra, ela chamou a gerente de comunicação do Coren-SP, Yasmim Taha, e o assistente de comunicação Alexandre Gavioli para falarem um pouco sobre uma matéria abordando os consultórios na rua que será publicada na próxima edição da revista do Coren-SP, EnfermagemRevista.

Alexandre Gavioli falou sobre a realização de reportagem sobre Cosultórios na Rua, que será divulgada na próxima edição da revista do Conselho, EnfermagemRevista

“Nós, que trabalhamos na comunicação do Conselho, aprendemos a admirar o trabalho dos profissionais de enfermagem”, disse Yasmim.

A conselheira Rosana Garcia encerrou sua fala com uma frase do professor Boaventura de Souza Santos: “Devemos lutar pela igualdade sempre que nossas diferenças nos discriminem e lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize”.

Marisa Beraldo fez a moderação da Roda de Conversa. Ela é membro do GT de Atenção Básica da autarquia

A enfermeira Rhavana Canônico falou sobre o atendimento à população de rua na cidade de São Paulo como é realizado pelo Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto.

Ela detalhou que atualmente todas as supervisões de saúde da capital possuem consultórios na rua e deixou claro que o trabalho não se resume apenas à assistência de saúde. Existem projetos de inclusão social, como visitas a museus e outros.

O Código de Ética e demais legislações da enfermagem, além da importância do prontuário foram enfatizados por Lanny Hino

Outro aspecto que chamou a atenção do trabalho desenvolvido pelo Centro Social é o fato de ele empregar moradores de rua na função de agentes comunitários de saúde. “Todos os nossos 120 agentes atualmente vieram da rua”, afirmou Rhavana. A enfermeira explicou que muitos deles fizeram faculdade e então passaram a ocupar outros cargos na equipe de saúde: “temos ex-moradores de rua que hoje são assistentes sociais, enfermeiros e até médicos”, disse.

Lanny Hino, gerente de fiscalização do Coren-SP, explicou detalhadamente a atuação da fiscalização do conselho e sobretudo a importância do profissional conhecer o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) e demais legislações que regulamentam o exercício profissional.

Vagner Urias comemorou o momento de aproximação entre o Coren-SP e os profissionais

Um dos pontos de destaque da palestra de Lanny foi sobre a realização correta das anotações de enfermagem. “As anotações servem tanto para a segurança do paciente quanto para a proteção do profissional de saúde”, disse.

A conselheira Dorly Gonçalves representou os técnicos de enfermagem no evento e reforçou o momento de aproximação entre o Coren-SP e os profissionais

Lanny aproveitou a oportunidade para explicar que os auxiliares e técnicos de enfermagem precisam se resguardar para não incorrer em situações que possam lhes trazer problemas futuros, como por exemplo, realizar ações de enfermagem que por legislação só podem ser realizadas por enfermeiros e/ou com supervisão dos profissionais de nível superior. “Avaliem bem a situação antes de aceitarem um determinado trabalho que traga riscos para vocês, pois muitas vezes é difícil para o profissional se defender depois”, alertou.

O encontro foi encerrado com uma sessão de perguntas e respostas e falas de encerramento de Vagner Urias, da conselheira Dorly Gonçalves e da conselheira e professora Maria Cristina Massarollo.

 

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