Vacina contra câncer de colo de útero começa a ser vendida no país

As clínicas de vacinação começam a vender hoje, dia 21, o imunizante contra o papilomavírus humano, ou HPV, sexualmente transmissível e grande culpado por 99% dos casos de câncer de colo do útero. Esse tipo é o segundo mais letal entre as brasileiras – perde apenas para o câncer de mama. Segundo Pedro Lima, gerente médico de vacinas da GlaxoSmithLine (GSK), a nova arma age contra quatro tipos dessa família de vírus, identificados pelos números 16, 18, 31 e 45. Embora ainda não se possa dizer com toda a certeza o tempo de proteção desse imunizante, acredita-se que ela será válida entre seis e nove anos, afirma. O pico de incidência ocorre entre 20 e 25 anos, mas a curva de crescimento da doença entre as adolescentes é ascendente. É que elas iniciam a vida sexual cada vez mais cedo, costumam ter vários parceiros e nem sempre exigem a camisinha. O risco é ainda maior porque, nessa etapa da vida, o colo do útero está em formação, o que favorece a entrada e a proliferação do HPV. Sem contar que a garota não conta com anticorpos suficientes para combater o agressor. Os homens correm menos riscos, mas também estão sujeitos às complicações deflagradas pelo malfeitor, como tumores malignos no pênis e no ânus. O câncer não é a única encrenca provocada pelo intruso. Verrugas (ou condilomas) podem dar as caras tantos nos genitais femininos como nos masculinos. Embora essas lesões sejam benignas, o tratamento nem sempre é eficaz. Em geral, consiste na queima com frio intenso, bisturi elétrico, laser, substâncias cáusticas, pomadas e cremes.