Tecnologia dá efetividade a decisões na área de saúde

O 2º Fórum de Enfermagem do Coren-SP seguiu na tarde desta quarta-feira (5/10) com apresentação de Claudio Giulliano Alves da Costa, presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), sobre a utilização de tecnologia nos sistemas de informação de saúde.

Claudio apresentou as principais inovações e fez uma aposta: “Os tablets serão o grande equipamento na área de saúde que fará a ligação entre o profissional e os sistemas de informação”.

De acordo com Claudio, a tecnologia da informação (TI), usada desde a década de 50 na área de saúde, é a grande ferramenta de gestão no início deste século. Os recursos de saúde são finitos e devem ser geridos de forma efetiva, e a informação usada para esse gerenciamento deve ser rápida e consistente. Com o uso de TI, objetiva-se eficiência clínica, aumento da qualidade da atenção ao paciente e do atendimento a leis.

Para abandonar o processo manual, apoiar decisões clínicas e administrativas, melhorar eficiência, custos e ganhos financeiros, Claudio aponta duas grandes soluções: o hospital digital e o registro eletrônico de saúde.

O hospital digital se caracteriza por conectividade entre as bases de dados laboratoriais, administrativos e clínicos, com informação sempre disponível e envio direto de documentos digitalizados sem o intermédio de impressões em papel, seguindo padrões de dados e de segurança. Alguns hospitais no Brasil já caminham para isso.

Já o registro eletrônico de saúde integraria dados de instituições diversas, como prescrições médicas, dados laboratoriais, histórico de evolução do paciente e anotações de enfermagem. “Como nação, precisamos de um plano de registro eletrônico”, disse Claudio. Os Estados Unidos investem atualmente 20 bilhões de dólares para implantar o registro eletrônico de saúde no país até 2013.

De acordo com Claudio, para alcançar este grau de aplicação de TI, é essencial envolver os profissionais e realizar capacitação de pessoal. “Não precisamos, não queremos substituir o profissional, mas apoiá-lo, para que ele faça uso real das ferramentas. É preciso não impor empecilhos, apresentar as coisas de forma simples”, disse ele.

O apoio da diretoria é essencial para que o processo seja completado de forma satisfatória e deve-se levar em consideração que as pessoas levam um tempo para criar o novo hábito de usar ferramentas de TI, cerca de dois ou três anos.