Sepse: as horas de ouro

Profissionais de Enfermagem desempenham papel fundamental na identifi cação precoce e no tratamento imediato da Sepse, doença que mais mata no Brasil

Christopher Reeve, protagonista de Super-Homem; Papa João Paulo II; o comediante Chico Anysio; a atriz Dercy Gonçalves e dezenas de outras  guras conhecidas têm em comum muito mais do que a fama. Todas elas morreram do mesmo mal: a Sepse, interpretada erroneamente por muitos como infecção generalizada. Quando detectada e tratada logo no início, as chances de cura são altas.

A Sepse, desencadeada por uma in amação do sistema imunológico, devido à invasão da corrente sanguínea por agentes infecciosos, é hoje o mal que mais mata no mundo, com um índice de óbitos maior do que câncer de mama, Aids e infarto. De acordo com dados do Instituto Latino-Americano de Sepse (Ilas), a doença é responsável por 25% da ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Brasil, país com alta mortalidade, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30% a 40%.

Segundo levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress, a mortalidade por Sepse no Brasil é maior do que em países como Índia e Argentina. Cerca de 400 mil novos casos são diagnosticados por ano, entre os quais 240 mil resultam em óbito. Essas informações mostram que o sistema de saúde brasileiro tem muito para avançar no combate à doença. O índice nacional de mortalidade em UTIs é de 55%, sendo 16% causados por Sepse.

Porém, esse número, apesar de alto, não representa a totalidade de óbitos que ela provoca. De acordo com a enfermeira e conselheira Renata Andréa Pietro Pereira Viana, chefe de Enfermagem da UTI do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e autora do livro Sepse para enfermeiros – as horas de ouro: identi cando e cuidando do paciente séptico, os pro ssionais da área da saúde ainda não estão preparados para identi car a síndrome.

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