Segundo dia do Fórum de Enfermagem promove momentos de debate e reflexão

O ambiente de trabalho da enfermagem pode estar estruturado de forma que possa ser um apoio para a prática plena da enfermagem. Ou, ao contrário, pode estar configurado de um modo que destrua qualquer possibilidade desta prática ideal. A afirmação é da enfermeira norte-america Eileen Lake, da Universidade da Pensilvânia, convidada pelo COREN-SP a falar sobre o assunto durante a programação científica do 1º Fórum de Enfermagem – Segurança do Paciente, que acontece até dia 28, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Eileen Lake explicou ainda o conceito dos hospitais-imã norte-americanos: aqueles que, apesar das sucessivas crises na oferta de mão de obra de enfermagem daquele país, conseguem reter seus profissionais, com a oferta de um ambiente propício para o desenvolvimento do profissional e da qualidade da assistência.

Ainda no período da manhã, a Professora Dra. Maria Cristina Cometto, da Universidade Nacional de Córdoba, Argentina, apresentou o tema Estratégias da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente e sua relação com a enfermagem. A palestrante destacou que todos os anos um grande número de pessoas em todo o mundo sofre algum dano e/ou morre por causas relacionadas à assistência e que a maioria destes casos poderiam ser evitados.

Também no primeiro período do dia, no auditório principal, o Prof. Dr. Franco Carnevalle, da Universidade de McGill, Canadá, convidando os participantes à reflexão, trouxe à discussão os principais dilemas éticos da enfermagem, e a ideia de que os profissionais devem ser agentes morais.

A mesa redonda Políticas públicas para a segurança do paciente contou com a participação da vice-presidente do COREN-SP, Dra. Cleide Mazuela; da representante do Ministério da Saúde, Dra. Joseane Souza; da Professora da Universidade de São Paulo (campus Ribeirão Preto), Dra. Isabel Costa Mendes e da presidente da ABEn-SP, Dra. Sarah Munhoz.

Joseane destacou as políticas públicas de saúde no âmbito federal, ressaltando a importância da Estratégia Saúde da Família. Em relação à esfera municipal, a presidente da ABEn-SP lembrou que “a segurança do paciente não está na mão de um, mas na mão de todos”. Antes de abrir para a participação do público, a Dra. Isabel concluiu: “Tenho a certeza que os princípios e estratégias que favorecem a segurança do paciente devem estar incorporados aos profissionais de saúde, instituições e ao pode público”.

Para encerrar as atividades do segundo dia, o público foi convidado a participar da apresentação do palestrante Daniel Godri que, entre momentos divertidos e de emoção, levou aos participantes a ideia de que a motivação deve ser uma busca para que, por meio dela, se alcance o sucesso profissional e pessoal.