Ministério da Saúde e indústria alimentar definem metas para redução de sódio nos alimentos

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, convidou o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) para monitorar a execução dos acordos de promoção de alimentação saudável firmados entre o MS e a indústria alimentar, através da Abisa (Associação Industrial da Indústria Alimentar). Atualmente, estão em andamento programas para redução de sódio e gordura trans nos alimentos.

O plano de redução do sódio define prazos e quantidades de sódio em 16 categorias de alimentos, começando por massas instantâneas, pães de forma industrializados e bisnaguinhas. O objetivo é reduzir o consumo excessivo de sal, que está associado a uma série de doenças crônicas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, problemas renais e cânceres. Algumas metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2012 e aprofundadas até 2014.

No caso das massas instantâneas, a quantidade fica limitada a 1,9 grama de sódio a cada 100 gramas de alimento até 2012. Isso representa uma diminuição anual de 30%. Nos pães de forma, o acordo prevê redução do teor máximo de sódio para 645 miligramas até 2012, e para 522 miligramas até 2014; nas bisnaginhas, o limite será de 531 e 430 miligramas, nas mesmas datas. Essas metas correspondem a redução anual de 10%.

Até o fim de 2011, também terão suas reduções definidas: os biscoitos (cream cracker, recheados e maisena), embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, empanados, lingüiça, salame e mortadela), caldos e temperos, margarinas vegetais, maioneses, derivados de cereais, laticínios (bebidas lácteas, queijos e requeijão) e refeições prontas (pizza, lasanha, papa infantil salgada e sopas).

“Queremos que o Consea participe do nosso esforço junto à sociedade pela promoção da saúde, com estímulo à alimentação saudável”, enfatizou o ministro da Saúde. Na reunião com o presidente do Consea, Renato Maluf, foi acertada, ainda, a inclusão da segurança alimentar como critério na avaliação do programa Saúde Nas Escolas.

Acordo semelhante foi promovido pelo Ministério da Saúde em 2007 com objetivo de reduzir o percentual de gordura trans nos alimentos processados. Em três anos, a indústria alimentícia calcula ter retirado cerca de 230 toneladas de gordura trans dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros.

A partir desse acordo, quase 95% das empresas que integram a Associação Brasileira de Indústrias da Alimentação (ABIA) passaram a respeitar o índice recomendado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAs) – ou seja, 5% de presença de gordura trans do total de gorduras em alimentos processados e 2% do total de gorduras em óleos e margarinas.