Formação em Enfermagem no nível médio é debatida em evento no Coren-SP

O 2º Encontro de Instituições Formadoras de Profissionais de Enfermagem do Nível Médio, foi realizado na sede da autarquia, na capital, nesta quarta-feira (28/9), dirigida a diretores, gestores e docentes de instituições de ensino em Enfermagem, a atividade promoveu o debate sobre a atuação de técnicos e auxiliares de Enfermagem no âmbito da assistência à saúde.

A presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, falou da importância de discutir os diferentes aspectos da atuação da Enfermagem para alcançar a visibilidade e valorização que a categoria merece durante a mesa de abertura “Se queremos que nossa profissão avance, temos que dar uma educação adequada, com princípios e valores para uma enfermagem mais digna”, destacou.

Dividido em duas etapas com atividades distintas e complementares, o evento contou com a mesa redonda “Formação da Identidade Profissional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem” na parte da manhã, moderada por Stella Maris Alvares Lobo, coordenadora do programa de pré-iniciação científica da parceria entre USP/CPS CNPq e secretariada por Ricardo Chaves de Carvalho, diretor do Centro Formador de Pessoal para Saúde de São Paulo.

A palestra “Ser Auxiliar e Técnico de Enfermagem”, foi ministrada pelo conselheiro Paulo Cobellis Gomes. “Existem dois grandes suportes para o profissional: o ético e o legal, que dão as diretrizes para todo o fazer desse técnico ou auxiliar de Enfermagem”, destacou.

Em seguida, foram realizadas as palestras “Aspectos Pedagógicos”, por Ana Pianucci, gestora do SENAC-SP; “Aspectos Éticos e Legais”, por Débora Estrela, diretora da Escola de Enfermagem São Joaquim, e “Exercício Profissional”, por Marcus Vinicius de Lima Oliveira, primeiro-secretário do Coren-SP.

“Ninguém, hoje, no século 21, pode sair diplomado de uma instituição de ensino e achar que já está pronto. É necessário a educação continuada, pois hoje a informação corre em uma velocidade vertiginosa e o profissional precisa se apropriar dessa informação”, concluiu Marcus Vinicius.

Após as palestras, houve um rápido debate com os profissionais no auditório, seguido por uma homenagem à enfermeira Myrthes Silva, incansável formadora de profissionais do nível médio, dona da Escola de Enfermagem Doutora Myrthes Silva e responsável pela formação de mais de 18 mil profissionais.

Tarde

Após o intervalo do almoço, os profissionais de Enfermagem foram divididos em 10 grupos com os profissionais de Enfermagem que discutiram então o atual estado da formação em Enfermagem no nível médio, as fortalezas e fraquezas dessa formação e os pontos que poderiam ser mudados, apresentando seus relatórios em um debate coordenado por Maria Madalena Januário Leite, professora titular da Universidade de São Paulo e secretariado por Wilza Carla Spiri, professora adjunta da Universidade Estadual Paulista.

O encerramento do Encontro contou com as conclusões de Ariadne da Silva Fonseca, presidente da ABEn-SP, de Mauro Antônio Pires Dias da Silva, vice-presidente do Coren-SP e de Fabíola de Campos Braga Mattozinho, presidente do Coren-SP.

“Os representantes das instituições de ensino do nível médio precisam se aproximar do poder público estadual, para que as discussões que tiveram aqui tenham prosseguimento, pois a competência sobre o ensino do nível médio é do governo estadual”, concluiu Mauro Antônio Pires Dias da Silva.