Coren-SP Educação realiza palestra sobre transporte aeromédico e suas particularidades

“Devemos agir de maneira responsável, desenvolvendo padrões técnicos de transporte de pacientes com segurança, competência e eficiência”. Essa foi a fala do enfermeiro e coordenador do curso de pós-graduação em Resgate Aeromédico, Marcelo Gomes de Carvalho, que ministrou uma palestra sobre o transporte aeromédico e suas particularidades, nesta terça-feira (21/1), no Coren-SP Educação.

O enfermeiro Marcelo Gomes de Carvalho durante a palestra

Com a participação de profissionais de enfermagem, o enfermeiro abordou o uso de aeronave asa rotativa e fixa, leis físicas gasosas, estresses de voo, entre outras questões relacionados ao assunto. “Entre as diversas questões que devem ser consideradas para a efetuação do transporte, devemos estar atentos à vibração, que pode interferir no funcionamento de equipamentos ou marca-passo sensíveis à atividade. Tanto a equipe de bordo quanto o paciente podem desenvolver fadiga, cinetose e dor torácica ou abdominal. Fatores que podem ser diminuídos afastando o corpo do paciente da fuselagem por meio de acolchoados”, explica Marcelo.

Profissionais de enfermagem durante evento

O profissional também chama atenção aos ruídos que podem interferir seriamente na comunicação da equipe gerando náuseas, fadiga, vertigem e cefaleia. Para evitar complicações, a utilização de protetores auriculares ou fones é útil a todos dentro do transporte. “É importante lembrarmos que um país continental como o Brasil, com mais de 8 mil km de praia, precisa de um desenvolvimento acerca desse campo das aeronaves. Mas, acima de tudo, saber agir de maneira responsável, criando padrões técnicos de transporte de pacientes com segurança e capacitação pra isso”, ressalta.

“O aprofundamento e a capacitação técnica são necessários para que possamos salvar vidas”, diz o enfermeiro

De acordo com Marcelo, segurança e competência são imprescindíveis para transportar pacientes em aeronaves. “O que salva vidas não é o romantismo e, sim, os padrões técnicos. O aprofundamento e a capacitação técnica são necessários para que possamos salvar vidas. O nosso trabalho não se resume em superficialidade. Preparação faz parte da nossa profissão, precisamos estar atualizados para atuar a favor da vida”, analisa.