Novos membros da Comissão de Instrução do Coren-SP passam por capacitação

Cada denúncia ética contra profissional de enfermagem que é feita ao Conselho é zelosamente analisada e tem seus fatos apurados por meio de sindicâncias e oitivas conduzidas pelos membros da Comissão de Instrução de Processos Éticos da autarquia.

Coordenada pelo conselheiro Wagner Batista e secretariada pelo conselheiro Fernando Henrique Santos, a Comissão de Instrução do Coren-SP é composta por profissionais de enfermagem indicados e devidamente portariados. Esses profissionais são da capital, do interior do estado e do litoral.

A Comissão tem a tarefa de fazer o trabalho preliminar de sindicância e de apuração dos fatos por trás de cada denúncia ética contra profissional de enfermagem que chega ao Coren-SP. Por meio de entrevistas com os envolvidos na denúncia e uma apuração detalhada dos fatos, esses colaboradores fazem todo o trabalho que servirá de base para o andamento de um futuro processo ético, culminando no julgamento ético feito pela Plenária do conselho.

Na última segunda-feira (8/2), o Coren-SP fez um treinamento específico para capacitar os profissionais de enfermagem que atuarão como colaboradores da Comissão de Instrução. A capacitação foi feita no auditório da sede do Coren-SP, com a presença de parte dos colaboradores da Comissão de Instrução. A outra parte passará por uma segunda edição do treinamento a ser realizada na terça-feira (9/2).

O conselheiro Wagner Batista, o presidente do Coren-SP, James Santos e a segunda-tesoureira Virgínia Tavares

Além dos dois conselheiros responsáveis pela Comissão, o presidente do Coren-SP, James Santos, o primeiro-tesoureiro da autarquia, Gergézio Andrade, a segunda-tesoureira Virgínia Tavares, e os conselheiros Bruna Busnardo, Vanessa de Fátima e Edson José da Luz também assistiram ao treinamento. Os conselheiros Vanessa Morrone, Marcus Vinícius Oliveira e Ana Paula Guarnieri participaram remotamente da reunião.

A aula de capacitação foi feita pela fiscal Fernanda Azevedo, que coordena o setor de Processos Éticos do Coren-SP. Ela explicou aos presentes qual será o trabalho que realizarão e frisou a responsabilidade que isso acarreta: “A Comissão de Instrução atua em uma das partes mais importantes dos Processos Éticos que é colher provas. Lembro a vocês que os Processos Éticos do Coren-SP não são públicos. Eles são sigilosos. Apenas as partes denunciante e denunciada ou advogados com procuração podem ter acesso a esses processos”, disse.

A fiscal Fernanda Azevedo foi a responsável pela capacitação

Também foi destacada a necessidade de imparcialidade e outros cuidados que os membros da Comissão de Instrução devem ter, inclusive em relação às postagens nas redes sociais e à postura pública como representantes do Coren-SP.

Mônica dos Santos Silva é integrante da Comissão de Instrução do Coren-SP

A técnica de enfermagem Mônica dos Santos Silva é uma das profissionais que atualmente compõem a Comissão de Instrução do Coren-SP. Na opinião dela, o treinamento foi muito positivo. “Foi fantástico para que os novos integrantes tenham um norte. Espero que o trabalho dos Processos Éticos do Coren-SP continue a ser de excelência e que melhore ainda mais”, disse ao fim da capacitação.

O coordenador da Comissão de Instrução, Wagner Batista, explicou que pretende modernizar o setor: “Queremos desburocratizar para termos mais agilidade nos processos éticos. Queremos acolher o profissional de enfermagem e dar qualidade a essa que é uma das atividades-fim do conselho”, frisou.

Conselheiros Fernando Henrique Santos e Wagner Batista são os atuais responsáveis pela Comissão de Instrução

Outro fato mencionado por Wagner foi o empenho em realizar conciliações. Por meio da conciliação entre denunciante e denunciado, o processo ético é encerrado desde que o fato denunciado não seja considerado grave nem tenha acarretado danos a pacientes. Dessa forma, se economiza tempo e recursos humanos e financeiros que passam a ser dedicados a casos mais graves, pois a maior parte das denúncias éticas são de desentendimentos entre profissionais de enfermagem que podem ser resolvidos por meio do diálogo.

“Iremos dar bastante ênfase a essa possibilidade de conciliação. Isso evita o desgaste de ter um processo se arrastando e os gastos que isso acarreta”, afirmou.