Nota de apoio à vacinação e aos profissionais de saúde voluntários na fase de testes

O Coren-SP vem a público manifestar seu apoio à produção científica brasileira e ao Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19 como estratégia de prevenção e minimização de danos causados pela doença.

O Brasil é historicamente exemplo de eficácia com seus planos de imunização e a perspectiva é de que esta pandemia também possa ter seus efeitos aplacados por esta iniciativa.

A enfermagem é, desde o início da pandemia, a linha de frente do enfrentamento ao vírus. E nos planos de imunização, são os profissionais de enfermagem que novamente assumem a linha de frente, conduzindo a aplicação das vacinas – ação que, ao longo dos anos, já erradicou doenças e salvou tantas vidas.

O Coren-SP valoriza o protagonismo do estado de São Paulo, por meio do Instituto Butantan, na produção das vacinas brasileiras, assim como reconhece a importância de todas as fases de estudos e da certificação da Anvisa, para que o Plano de Imunização seja seguro para para toda a população.

Prezando pela segurança e pela saúde dos profissionais de enfermagem e reconhecendo todos os esforços por eles dispensados na linha de frente, é fundamental que sejam definidos como grupo prioritário. O Coren-SP acompanhará de perto todos os procedimentos e já enviou ofício para a Secretaria de Estado de Saúde, solicitando informações sobre o cronograma de vacinação dos profissionais de enfermagem do estado de São Paulo e, também, sobre o planejamento acerca das condições de trabalho para a aplicação da vacina, no âmbito do Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19.

É preciso também que a sociedade entenda e defenda toda a dedicação dos profissionais de saúde que se voluntariaram a participar dos testes. Recentemente, o Coren-SP divulgou relatos de profissionais de enfermagem e de como o conhecimento técnico deles é importante nesse momento.

Portanto, o Coren-SP aproveita a oportunidade para chamar a atenção ao cuidado necessário com julgamentos que podem desfavorecer todo o empenho desses profissionais. Reportagem divulgada pelo jornal Valor Econômico na última quarta-feira narrava que “A Sinovac Biotech afirmou que a baixa taxa de eficácia de 50,38% da CoronaVac, no teste de estágio final no Brasil, se deve ao fato de os participantes do teste serem profissionais da saúde que enfrentam um alto risco de contrair covid-19”.

O melhor entendimento é de que seria o risco ao qual os profissionais estão sujeitos, ou seja, a alta taxa de infecção, o principal responsável pelo índice considerado baixo na taxa geral de eficácia. Entretanto, o Governo do Estado de São Paulo, tão logo divulgou a informação, realizou as devidas explicações:

Assim, o Coren-SP reforça a necessidade de conscientização de toda a sociedade pelos avanços científicos, do respeito aos profissionais de saúde voluntários e da aderência aos planos de imunização, de forma a favorecer coletivamente a saúde e o combate à pandemia, contribuindo também para a redução da sobrecarga de trabalho nas equipes de saúde e menor exposição a riscos daqueles que estão na linha de frente.