Informações para profissionais sobre febre amarela

O Ministério da Saúde publicou em seu hotsite voltado ao combate da febre amarela informações para profissionais de saúde no cuidado com a doença. Confira abaixo:

 

Características clínicas e epidemiológicas

A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e de gravidade variável. A forma grave caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática e renal, que podem levar à morte. Deve-se levar em conta seu potencial de disseminação em áreas urbanas.

 

Sinonímia

Não há.

 

Etiológico

Vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae.

 

Reservatórios

Em ambas as formas epidemiológicas os mosquitos vetores são os reservatórios do vírus amarílico.

Na doença urbana, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica. Na forma silvestre, os primatas são os principais hospedeiros do vírus amarílico e o homem é um hospedeiro acidental.

 

Modo de transmissão

Somente pela picada de mosquitos transmissores infectados.

 

Período de incubação:

De 3 a 6 dias após a picada do mosquito.

 

Período de transmissibilidade:

Inicia-se de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas e vai até 3 a 5 dias após o início dos sintomas, período em que o homem pode infectar os mosquitos transmissores. Esse período corresponde ao período de viremia. O mosquito, após ter sido infectado, é capaz de transmitir a doença por toda sua vida.

 

Diagnóstico diferencial:

O diagnóstico das formas leve e moderada é difícil, pois pode ser confundido com outras doenças infecciosas do sistema respiratório, digestivo ou urinário. Formas graves com quadro clínico clássico ou fulminante devem ser diferenciadas de malária, leptospirose, febre maculosa, febre hemorrágica do dengue e dos casos fulminantes de hepatite.

 

Diagnóstico laboratorial:

O diagnóstico pode realizado por isolamento do vírus amarílico e detecção de antígeno em amostras de sangue ou tecido e por sorologia. Também podem ser realizados exames de histopatologia em tecidos pos morten.

 

Tratamento:

Não existe um tratamento específico no combate à febre amarela. O paciente deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas quando necessário. Os casos grave devem ser atendidos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), de modo que as complicações sejam controladas e o perigo da morte, eliminado.

 

Vigilância epidemiológica:

Tem por objetivos manter erradicada a febre amarela urbana e controlar a silvestre. Todos os casos suspeitos da doença devem ser investigados, visando mapeamento das áreas de transmissão e identificação de populações de risco para prevenção e controle.

 

Notificação:

Ocorrência de suspeita de febre amarela deve ser notificada imediatamente e investigada o mais rapidamente possível, pois se trata de uma doença grave e de notificação compulsória internacional – todos os casos suspeitos devem ser informados às autoridades sanitárias, já que um caso pode sinalizar o início de um surto, o que pede medidas de ação imediata de controle.

 

Fonte: Ministério da Saúde