Hospital da capital inaugura sino para comemorar alta de pacientes oncológicos

Uma paciente acaba de ter alta após um longo tratamento contra um tumor atrás do olho. Antes de deixar a ala de oncologia do hospital, porém, ela comemora tocando um sino que fica na saída, em frente ao elevador.

O “Ring The Bell” ou “Tocar o Sino” é um movimento internacional surgido nos Estados Unidos, para que pacientes com câncer possam comemorar as vitórias importantes e os momentos positivos mais marcantes dentro de seus tratamentos.

Na manhã desta sexta-feira (13), foi realizada uma cerimônia de inauguração do sino instalado na área de oncologia do Hospital Leforte, unidade Liberdade, na capital. A ideia foi implementada em parceria com a ONG Ring The Bell, representante no Brasil desse movimento.

Ana (à esquerda) e Gisele falaram sobre os motivos que levaram o hospital a instalar o sino

“A proposta de trazer o sino para o hospital é para contribuir ainda mais para a humanização do serviço e celebrar junto com o paciente o término de uma etapa do tratamento”, explica Gisele Ferreira de Melo, enfermeira coordenadora do setor de oncologia na unidade.

A enfermeira Ana Balbo, gerente assistencial da unidade, conta o que motivou o hospital a instalar o sino. “Fizemos isso pensando na experiência do paciente, de forma a agregar para ele e para sua família”.

Primeira a tocar o sino

A senhora Elisabete Mourão, que se recuperou de um tumor na região ocular e que citamos no início deste texto, foi a primeira paciente a tocar o sino na unidade da Liberdade do Hospital Leforte.

Elisabete foi a primeira paciente a tocar o sino

Ela conta que, mesmo antes de iniciar seu tratamento, já sabia o significado desse ato: “Meu irmão bateu o sino também, em outro hospital. Quando cheguei aqui para me tratar, logo perguntei: ‘não vai ter sino?’ No final tive alta e meu tratamento correu bem, não caiu nem um fio do meu cabelo, e mesmo se caísse eu não me importaria em nada”, comemora.

Coral une profissionais de saúde e pacientes

Quem assistiu à cerimônia de inauguração do sino também pôde acompanhar uma apresentação do coral da instituição, que é formado tanto por funcionários do hospital quanto por pacientes da oncologia.

O coral é formado por profissionais do hospital e por pacientes da oncologia

A enfermeira Fernanda Alves Canossa, coordenadora do setor de hemodinâmica, foi uma das profissionais que se apresentaram. Ela falou sobre a experiência de participar da iniciativa: “É muito gratificante para mim. Nessa hora que fazemos o ensaio e quando cantamos nas apresentações é uma terapia tanto para nós quanto para os pacientes. Ajuda a aliviar o estresse do dia a dia profissional”.

A enfermeira Fernanda, que canta no coral, explica alguns dos benefícios que ele traz para profissionais e pacientes

Ela explica que o coral também tem um impacto positivo na recuperação dos pacientes. “Temos inclusive uma paciente que já finalizou o tratamento, mas que pediu para continuar fazendo parte do coral. É uma coisa que alegra outros pacientes e é contagioso, vai se multiplicando, um chama o outro”, finaliza.